Cinquenta membros da tripulação do porta-aviões francês “Charles de Gaulle” estão infetados com a covid-19, anunciou hoje o Ministério da Marinha francês, precisando que três marinheiros foram retirados do navio “por precaução”.
“Os resultados dos 66 testes realizados concluíram a presença de 50 casos da covid-19 a bordo do ‘Charles de Gaulle’”, afirma o ministério num comunicado, citado pela agência de notícias francesa (AFP).
A confirmação surgiu dois dias depois da divulgação da existência de casos suspeitos a bordo, situação que levou ao anúncio de que o porta-aviões nuclear, que se encontrava no Atlântico, iria regressar a França.
Segundo a nota, não ocorreu, até ao momento, qualquer situação de agravamento do estado de saúde dos marinheiros a bordo.
Desconhece-se ainda a origem da contaminação, salientando a AFP que não houve contacto com nenhum elemento exterior ao navio depois de 15 de março.
O Ministério da Marinha afirma que está empenhado em identificar o circuito de contaminação e permitir todos os procedimentos que limitem a propagação do vírus.
Uma equipa do Serviço de Saúde da Marinha, integrando dois epidemiologistas, um perito em biossegurança e um médico, encontra-se a bordo desde quarta-feira.
Os marinheiros retirados do navio foram internados no hospital militar Saint-Anne, em Toulon, para “preservar a capacidade médica” no navio, sendo que foi generalizado o uso de máscara a toda a tripulação, afirma o comunicado.
O “Charles de Gaulle” é o segundo porta-aviões oficialmente contaminado com a covid-19, depois do norte-americano “Theodore Roosevelt”.
A pandemia do novo coronavírus já matou 96.340 pessoas em todo o mundo e infetou quase 1,6 milhões em 193 países e territórios desde que foi detetada em dezembro passado, na China.