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Covid-19: Ajuda à Igreja que Sofre cria fundo para apoio aos religiosos na linha da frente

LUSA
10-04-2020 13:59h

A Fundação AIS (Ajuda à Igreja que Sofre) anunciou hoje a criação, a nível internacional, de um fundo de emergência de cinco milhões de euros para apoiar religiosos que prestam assistência às comunidades mais vulneráveis afetadas pela covid-19.

Catarina Martins de Bettencourt, diretora do secretariado português da Fundação AIS, referiu que a criação deste fundo “procura ser uma resposta às necessidades que os sacerdotes e as irmãs estão a enfrentar junto das pessoas mais necessitadas, mais vulneráveis e que muitas vezes estariam absolutamente sós e abandonadas se não fosse essa ajuda”.

“Desde a primeira hora que a Ajuda à Igreja que Sofre tem procurado dar apoio à Igreja nesta luta sem tréguas contra um vírus que está a ter consequências devastadoras em muitos países do mundo”, acrescenta Catarina Bettencourt, citada num comunicado hoje divulgado pela estrutura portuguesa da fundação.

Segundo esta instituição, esta iniciativa visa “ajudar os religiosos que perderam a sua subsistência básica e continuam a exercer o seu ministério espiritual e social, como (…) cuidar dos doentes e idosos, ajudar os pobres, visitar os presos, administrar os sacramentos e ensinar a fé”.

Thomas Heine-Geldern, presidente executivo da Fundação AIS, citado no mesmo comunicado, sublinha que o objetivo do fundo é ajudar “a aliviar o fardo dos (…) corajosos religiosos que estão na linha da frente” do apoio aos mais necessitados e afetados pela pandemia.

Segundo Heine-Geldern, este fundo, criado com o apoio de benfeitores da AIS, “é uma gota no oceano em termos do que é e será necessário, mas a Igreja desempenha um papel espiritual e pastoral particularmente vital no dia-a-dia das comunidades cristãs mais pobres do mundo”.

A pandemia do novo coronavírus já matou 96.340 pessoas em todo o mundo e infetou quase 1,6 milhões em 193 países e territórios desde o início da pandemia, em dezembro passado, na China.

Portugal regista hoje 435 mortos associados à covid-19, mais 26 do que na quinta-feira, e 15.472 infetados (mais 1.516), indica o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

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