Centenas de alunos da Escola Básica 2,3 Gaspar Correia e Secundária da Portela e Moscavide, na Portela de Sacavém, estavam hoje, cerca das 09:00, concentrados à porta do estabelecimento de ensino para exigir a retirada de amianto.
Alunos, professores e pais começaram então a fazer uma caminhada com o objetivo de formar um cordão humano que culminará junto ao centro comercial da Portela
Mostrando cartazes a dizer “Amianto mata”, “Saúde é um direito básico”, gritam: “Amianto fora, não quero morrer agora”, ao mesmo que caminham
O grupo da frente do movimento transporta uma faixa que diz “Não podemos esperar! Todos juntos conseguimos remover o amianto!”.
Durante a caminhada, alunos, pais e professores vão parando para ler o manifesto.
A ação de protesto é organizada pelos movimentos ESPeloClima, que integra alunos da Escola Secundária da Portela, e Escolas Sem Amianto, que integra professores e encarregados de educação do Agrupamento de Escolas de Portela e Moscavide (distrito de Lisboa).
O protesto tem por objetivo alertar e exigir para a necessidade de se remover de imediato todo o amianto que existe nas escolas portuguesas, nas quais estão incluídas a Escola Básica Gaspar Correia e a Secundária da Portela.
Os organizadores do protesto querem também ser ouvidos pelo próximo ministro da Educação.
Segundo a explicação dada pela Direção-Geral de Saúde (DGS), na sua página da internet, o amianto é a designação comercial utilizada para a variedade fibrosa de seis minerais metamórficos de ocorrência natural.
Devido às suas propriedades, o amianto teve, sobretudo entre 1945 e 1990, numerosas aplicações, nomeadamente na construção de edifícios, estando presente em materiais, como as telhas de fibrocimento, revestimentos e coberturas de edifícios, gessos e estuques, revestimentos à prova de fogo, revestimentos de tetos falsos, isolamentos térmicos e acústicos, entre outros.
Em Portugal, a utilização e comercialização de amianto, ou de produtos que o contenham, foi proibido a partir de 01 de janeiro de 2005.