O PEV entregou hoje ao parlamento um conjunto de medidas de apoio ao combate à pandemia da Covid-19, entre as quais um projeto de lei que visa a criação de uma "linha telefónica gratuita, complementada por um serviço de comunicação através de Língua Gestual Portuguesa" de apoio à saúde mental, pode ler-se no documento a que a Lusa teve acesso.

O objetivo da linha, cujo atendimento teria que ser garantido por profissionais de saúde especializados, seria "reforçar o apoio cidadãos nas suas necessidades, manifestações e dúvidas de foro da saúde mental, originadas ou agravadas pelas medidas de isolamento social impostas para prevenir e mitigar a pandemia Covid-19".

Os "Verdes" defendem também a criação de um subsídio aos cidadãos que trabalham "em condições de risco, penosidade e insalubridade" - que corresponderia a 20% da remuneração base do trabalhador - e ainda apoios aos profissionais da pesca que fiquem temporariamente sem trabalho, "através do Fundo de Compensação Salarial dos Profissionais da Pesca", sustentam.

Nas medidas excecionais de apoio aos estudantes, o PEV defende a suspensão do pagamento das propinas universitárias, bem como do pagamento de prestações por alojamento em residência universitária.

O partido alerta que "se não forem tomadas medidas como a suspensão das propinas e reforço dos apoios sociais para evitar a perda de rendimentos das famílias", a situação pode ter impacto no "aproveitamento dos alunos ou conduzir a um eventual aumento do abandono escolar".

Portugal regista hoje 140 mortes associadas à covid-19, mais 21 do que no domingo, e 6.408 infetados (mais 446), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.

O país registou os primeiros casos confirmados no dia 02 de março, encontrando-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.