A consultora IHS Markit reviu hoje a previsão de crescimento económico do Brasil, antecipando uma recessão de 4,5% devido aos efeitos da pandemia do novo coronavírus e prevendo que as economias demorem até três anos a recuperar.
A mais recente previsão dos analistas é “muito mais pessimista” que a atualização de 17 de março, alertam, apontando que é “baseada em grandes revisões negativas às previsões da economia norte-americana e dos preços do petróleo”.
Os mercados emergentes, entre os quais se encontra o Brasil, que deverá inverter o crescimento de 1,1 em 2019 para uma queda de 4,5% em 2020, foram negativamente afetados.
“Não só as taxas de infeção estão a aumentar rapidamente nas principais economias, como a Índia, como a combinação da maior recessão desde 1930, a queda dos preços das matérias-primas e a depreciação das moedas nacionais vão empurrar muitas economias para o ponto de rotura”, lê-se na nota hoje divulgada.
“É provável que demore dois ou três anos para a maior parte destas economias recuperar e regressar os níveis de produção anteriores à pandemia”, concluem os analistas.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.