A União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social (UDIPSS) de Castelo Branco disse hoje estar "relativamente tranquila" face à pandemia da covid-19 e garantiu que fez "o trabalho de casa" e que ainda não há registo de nenhum caso de infeção.
No distrito de Castelo Branco, a UDIPSS tem cerca de uma centena de associados, entre lares de idosos e quatro residenciais para deficientes, situadas em Castelo Branco, Covilhã, Fundão e Sertã.
Até ao momento, não há casos registados de infeção pela covid-19 em nenhuma das instituições, facto que deixa a presidente da UDIPSS de Castelo Branco, Maria de Lurdes Pombo, "relativamente tranquila".
"As instituições no distrito [Castelo Branco] fizeram o trabalho de casa dentro das limitações que têm", sustentou.
Esta responsável explica que todos os presidentes de câmara do distrito reuniram com os lares e que estão alerta para que, em caso de contágio, os seus idosos tenham alternativas de colocação.
"Todos os lares têm também quartos de isolamento que integram os planos de contingência. No mínimo, têm que ter um quarto para isolar o utente à primeira suspeita que surja e até fazer o teste de despiste", frisou.
Maria de Lurdes Pombo realça a postura assumida pelos presidentes de câmara do distrito de Castelo Branco, todos eles com soluções no terreno para acudir, em caso de necessidade, aos seus idosos.
"Penso que vai correr tudo bem. Penso que no distrito estamos preparados", sublinha.
Contudo, a presidente da direção da UDIPSS de Castelo Branco lamenta a falta de material de proteção nas instituições: "Da parte da saúde, nunca nos mandaram equipamento de proteção. Temos alguns, mas é insuficiente. As farmácias esgotaram e não temos equipamento suficiente".
Maria de Lurdes Pombo refere ainda um outro problema com que atualmente as instituições do distrito se deparam: a falta de pessoal de enfermagem.
Isto porque algumas instituições de saúde tiveram que recrutar enfermeiros que estavam nas IPSS e que acabaram por ir embora.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 140 mortes, mais 21 do que na véspera (+17,6%), e 6.408 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 446 em relação a domingo (+7,5%).