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Covid-19: Organizadores locais da Expo 2020 do Dubai recomendam adiamento para 2021

LUSA
30-03-2020 16:33h

Os organizadores locais da Expo 2020 do Dubai recomendaram hoje a sua realização em 2021 devido à pandemia da covid-19, adiando os investimentos avultados que os Emirados fizeram na feira mundial para rejuvenescer a sua economia.

A decisão terá de ser tomada pelo Gabinete Internacional de Exposições (Bureau International des Expositions), em Paris, que atribuiu a realização da exposição mundial ao Dubai em 2014.

Tal permitiu impulsionar o mercado imobiliário do Dubai e as autoridades esperavam uma forte afluência de turistas naquela cidade, que tem um dos aeroportos mais movimentados do mundo de viagens internacionais.

Mas a pandemia do novo coronavírus colocou os aviões da Emirates em terra, ameaçando o turismo internacional e provocando o pânico no mercado imobiliário, que já caiu um terço desde o anúncio da feira mundial em 2014.

O diretor-geral da Expo 2020, Reem al-Hashimy, afirmou, numa declaração, que os participantes têm sido "significativamente impactados" pelo vírus.

"Os EAU [Emirados Árabes Unidos] e a Expo 2020 Dubai ouviram", acrescentou al-Hashimy.

"No espírito de solidariedade e união, apoiamos a proposta de explorar um ano de adiamento", anunciou o responsável.

No mesmo comunicado, o secretário-geral do Gabinete Internacional de Exposições, Dimitri S. Kerkentzes, foi citado a referir que a recomendação era "bem-vinda" dadas as circunstâncias.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 396 mil infetados e perto de 25 mil mortos, é aquele onde se regista atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 10.779 mortos em 97.689 casos confirmados até domingo.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 7.340, entre 85.195 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos são o que tem maior número de infetados (143.055).

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.470 casos (mais de 75 mil recuperados) e regista 3.304 mortes. A China anunciou hoje 31 novos casos, dos quais 30 oriundos do exterior, e mais quatro mortes, numa altura em que o país suspendeu temporariamente a entrada no país de cidadãos estrangeiros, incluindo residentes.

Os países mais afetados a seguir a Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.757 mortes reportadas até hoje (41.495 casos), a França, com 2.606 mortes (40.174 casos), e os Estados Unidos, com 2.514 mortes (143.055 casos).

O número de mortes na África subiu para 148, com o número de casos acumulados a aproximar-se dos 5.000 em 46 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia.

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