Mais de 25% das empresas prevê reduzir o dia de trabalho na Alemanha nos próximos três meses, o nível mais alto desde 2010 e contra 15,3% há três meses, informou hoje o Instituto de Investigação Económica (Ifo) alemão.
O setor mais atingido é o da construção automóvel, com 41% das empresas a reduzir o dia de trabalho.
Volkswagen, Audi, BMW, Daimler e o fabricante de camiões MAN já informaram que vão reduzir temporariamente o dia de trabalho dos empregados, que na Alemanha é conhecido como "kurzarbeit".
A Agência Federal de Emprego paga ao trabalhador até 67% do salário líquido não recebido e se o empregado não vai trabalhar desembolsa até 67% do salário líquido.
O Governo alemão optou por esta prestação durante a crise financeira para evitar o desemprego e que as empresas fiquem sem pessoal qualificado, que depois é muito difícil de recuperar.
Na altura, as empresas do setor automóvel e os fabricantes de componentes foram os que mais aplicaram a redução do dia de trabalho.
No setor da maquinaria 31% das empresas prevê agora aplicar o dia de trabalho reduzido e no da eletrónica cerca de 32% tencionam fazer o mesmo, precisa o Ifo.
Outros setores mais pequenos que também estão a ser atingidos pela paralisação da atividade económica devido à pandemia da covid-19 são o da produção e elaboração de metal (49%), o da construção de veículos (43%), o têxtil (41%) e o da produção de artigos de pele e de calçado (35%).
Mas outros setores esperam quase não aplicar o dia de trabalho reduzido, como a indústria química e a alimentar.
De momento, 9,3% das empresas industriais reduziram o dia de trabalho dos seus trabalhadores na Alemanha.