O ministro venezuelano de Comunicação e Informação, Jorge Rodríguez, anunciou hoje o falecimento de um paciente infetado com coronavírus, elevando para três o número de mortos confirmados na Venezuela.
Segundo o ministro, nas últimas 24 horas foram ainda detetados 10 novos pacientes com a covid-19, o que eleva para 129 o número de casos confirmados.
“Nas primeiras horas de hoje, morreu um paciente de 60 anos, de Antímano (oeste de Caracas). Era motorista de táxi, apresentava uma condição diabética e era fumador”, explicou, à televisão estatal venezuelana.
O ministro questionou-se sobre quantas pessoas teriam estado em contato com o táxi e quantos serviços de táxi teria realizado, precisando que apresentou os sintomas de infeção por coronavírus desde 29 de fevereiro último.
“Temos 129 pacientes positivos, dez nas últimas horas”, disse o ministro, precisando que os novos casos registaram-se na cidade de Caracas e nos Estados de Arágua, Miranda, Barinas e Zúlia.
Segundo o ministro, 87 dos 129 casos registados são de pacientes que estão sob supervisão médica e há seis pessoas em cuidados intensivos, em situação crítica.
Por outro lado 39 infetados recuperaram da doença.
A Venezuela está desde 13 de março em “estado de alerta”, o que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia.
O “estado de alerta” foi decretado por 30 dias, que podem ser prolongados por igual período.
Os voos nacionais e internacionais estão restringidos no país.
Desde 16 de março que os venezuelanos estão em quarentena, estando impedidos de circular livremente entre os vários estados.
As clínicas e hospitais estão abertos, enquanto farmácias, supermercados, padarias e restaurantes estão a funcionar em horário reduzido, com estes últimos a vender apenas comida para fora.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 667 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 31.000.
Dos casos de infeção, pelo menos 134.700 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.