O presidente do PSD considerou hoje que, quando a questão da recuperação económica se tornar a prioridade, com a melhoria da situação de saúde, vai ter de se debater a composição de um Governo de salvação nacional.
"Quando vier a economia para o primeiro lugar, então estou convencido de que a sociedade portuguesa vai ter de debater efetivamente a composição de um Governo de salvação nacional. O Governo que vier - pode ser o mesmo, como é lógico - vai ser sempre de salvação nacional", declarou Rui Rio em entrevista à RTP.
No entanto, de acordo com o líder social-democrata, "neste momento a prioridade não é pensar sobre isto", porque se coloca "a parte sanitária em primeiro lugar".
Na parte final da entrevista, conduzida pelo jornalista Carlos Daniel, Rui Rio foi questionado se coloca um cenário de Bloco Central, com PS e PSD no Governo, ou a formação de um Governo de salvação nacional para responder à crise económica do país.
"A isso não lhe vou responder sim, não lhe vou responder não, não lhe vou responder talvez. Não penso nada sobre isso, porque neste momento a prioridade não é pensar sobre isto", alegou.
Para o presidente do PSD, atualmente, "é a parte sanitária em primeiro lugar e a parte económica em segundo".
Em relação à evolução da economia portuguesa no pós-crise sanitária, o líder social-democrata advertiu que Portugal vai viver "tempos muito pesados".
"Portanto, vai fazer sentido pensar nisso [um Governo de salvação nacional]. Agora estar a mandar, desculpe-me o termo, umas bocas sobre isso - o que possa pensar, ou o que não pensei -, nem vou pensar nisso tão cedo, com prós e contras e seja o que for, porque não deve estar nenhum português lá em casa, dos dez milhões de portugueses, a pensar minimamente nisso. E eu acho que nós também não nos devemos preocupar minimamente com isso. Lá chegará o tempo", reforçou o presidente do PSD.