Os Estados Unidos estão a oferecer facilidades a médicos estrangeiros, sobretudo aos especialistas no tratamento da covid-19, para conseguirem um visto ou prolongá-lo se estão no país, numa tentativa de atrair estes profissionais de saúde.
O Departamento de Estado publicou hoje um aviso na sua página na Internet onde pede aos médicos estrangeiros que tenham um pedido de visto, como imigrante ou não, ou um certificado de elegibilidade num programa de intercâmbio para marcarem uma reunião no ‘site’ da embaixada ou consulado mais próximo para se avançar com o processo.
A 20 de março, os Estados Unidos suspenderam os principais serviços para conceder vistos nas suas representações diplomáticas em todo o mundo e retiraram grande parte do pessoal devido à epidemia do novo coronavírus.
O Departamento de Estado assinalou também que os médicos que se encontram no país a participar em programas de intercâmbio educativo podem analisar com o seu patrocinador a possibilidade de prolongar a estadia, lembrando que ela pode ser alargada entre um e sete anos.
Os Estados Unidos lideram desde quinta-feira a lista dos países com maior número de casos do novo coronavírus no mundo.
De acordo com os últimos dados da Universidade John Hopkins, o país conta com mais de 86.000 casos, seguido da China com 81.897 e de Itália com 80.589.
O anúncio do Departamento de Estado ocorre numa altura em que os serviços de saúde de alguns estados estão à beira do colapso.
Este é o caso de Nova Iorque, epicentro da epidemia nos Estados Unidos, onde os hospitais tentam dar resposta à enchente de doentes e registam falta de equipamentos.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 540.000 pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.