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Covid-19: China suspende entrada de cidadãos estrangeiros no país

LUSA
26-03-2020 17:05h

O Governo chinês anunciou hoje que vai suspender temporariamente a entrada no país de cidadãos estrangeiros, incluindo quem possui visto ou autorização de residência, como medida de prevenção contra a propagação do novo coronavírus.

A medida abrange estrangeiros com visto de negócios ou estudo ou com autorização de residência por motivos de trabalho ou reunificação familiar, detalhou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.

"A suspensão é uma medida temporária que a China é obrigada a tomar à luz do surto e das práticas nos outros países", lê-se na mesma nota.

A decisão, que entra em vigor à meia-noite de sábado [hora local], abrange ainda vistos de trânsito ou a isenção de visto por 30 dias na ilha de Hainan, no extremo sul do país.

A política de isenção de visto de 144 horas adotada pela província de Guangdong para grupos de turistas estrangeiros oriundos de Hong Kong e de Macau também será temporariamente suspensa.

O país continuará, no entanto, a permitir a entrada a estrangeiros com vistos diplomáticos ou de serviço.

O comunicado ressalva ainda que os estrangeiros que vierem à China para atividades económicas, comerciais, científicas ou tecnológicas ou por necessidades humanitárias de emergência poderão solicitar vistos nas embaixadas ou consulados chineses, ficando o processo dependente da avaliação pelas autoridades do país asiático.

A Administração Nacional de Aviação Civil da China anunciou também hoje que vai impor, a partir de domingo, uma redução drástica nos voos internacionais.

Em comunicado, a Administração informou que cada companhia aérea chinesa poderá realizar apenas uma ligação de ida e volta por semana para cada país. Também uma empresa estrangeira poderá voar apenas uma vez por semana para os seus destinos fora da China.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 480 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 22.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com quase 260.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 7.503 mortos em 74.386 casos registados até quarta-feira.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 4.089, entre 56.188 casos de infeção confirmados até hoje.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.285 casos (mais de 74 mil recuperados) e regista 3.287 mortes. Nas últimas 24 horas, reportou seis mortes e 67 novos casos, todos com origem no exterior, quando o país começa a regressar à normalidade, após dois meses de paralisia.

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