Uma delegação russa composta por 104 pessoas, incluindo médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, chegou hoje à Lombardia, na Itália, a província mais afetada pelo coronavírus, para onde os Estados Unidos enviaram sete camiões com provisões médicas.
Os médicos e profissionais de saúde russos vão trabalhar no hospital de campanha que foi construído em Bergamo e que deverá ser inaugurado em breve.
“O trabalho para construir a estrutura continua e todos estão a trabalhar arduamente para fazer com que esta comece a funcionar o mais cedo possível”, disse o admnistrador do Território e Proteção Civil da Lombardia, Pietro Foroni.
O vice-presidente da região, Fabrizio Sala, agradeceu a ajuda ao Governo russo, considerando-a “um apoio importante e concreto para combater esse inimigo invisível que só pode ser derrotado se todos permanecerem unidos”.
“Esta não é uma guerra de um território, mas de todo o planeta”, afirmou.
A Rússia também doou material médico à Itália, que chegou a bordo de 14 aviões carregados com máscaras, ventiladores pulmonares, roupas de proteção e camiões Kamaz para desinfetar as áreas mais contaminadas pelo vírus.
Por seu lado, os Estados Unidos enviaram sete camiões com equipamentos médicos úteis que partirão para o norte do país a partir da base militar de Camp Darby, na Toscana.
O material, doado pela Agência de Cooperação em Segurança e Defesa (DSCA), será entregue ao hospital Rho e inclui camas, colchões, macas, cadeiras de rodas dobráveis, armários médicos e lençóis.
“Agradecemos aos Estados Unidos da América pela sua proximidade. Um país amigo da Itália, amigo da Lombardia”, sublinhou o subsecretário regional responsável pelas relações com as delegações internacionais, Alan Christian Rizzi.
“A nossa região criou excelentes relações em todas as partes do mundo, que, num momento de emergência como este, permitem ajudas concretas e importantes”, concluiu.
Estas doações somam-se ao enorme envio de material e equipamentos médicos pela China, bem como à brigada médica composta por 53 pessoas de Cuba, que serão responsáveis pelo hospital de campanha instalado em Crema, na província de Cremona, na Lombardia.
O número de mortes em Itália causadas pelo coronavírus é já de 7.503 e os casos de infetados confirmados atingem os 57.521, segundo o boletim divulgado na quarta-feira.