Ex-chefes de Estado e de governo da América Latina pediram hoje ao secretário-geral da OEA, Luis Almagro, que ordene aos governos de Cuba, Venezuela e Nicarágua a libertação dos presos políticos devido ao risco da covid-19.
Reunidos na Iniciativa Democrática de Espanha e das Américas (IDEA), os ex-Presidentes, num texto dirigido à Organização de Estado Americanos (OEA), pediram a “imediata libertação dos presos políticos para evitar que as gravosas situações que enfrentam não se conclua com a perda das suas vidas”, e denunciaram a falta de transparência destes países sobre a pandemia.
“Estes governos também são responsáveis pela proteção das vidas que mantêm sob prisão, incluindo as vidas dos presos que mantêm detidos de forma ilegal e arbitrária por motivos políticos”, refere a declaração conjunta subscrita na noite de quarta-feira.
Os antigos dirigentes, em que se inclui o antigo presidente do Governo espanhol José Maria Aznar, asseguram que as “vocações autoritárias, militares e policiais” dos três países “impedem a transparência necessária na divulgação de dados e realidades que contribuam para enfrentar com eficácias as suas pandemias”.
A missiva, enviada aos governos de Nicolás Maduro, na Venezuela, Daniel Ortega, na Nicarágua, e Miguel Díaz-Canel, em Cuba, foi também subscrita pelos ex-Presidentes colombianos Álvaro Uribe e Andrés Pastrana.
Associaram-se ainda a esta iniciativa Nicolás Ardito Barletta e Mireya Moscoso (Panamá), Rafael Ángel Calderón (Costa Rica), Alfredo Cristiani (El Salvador), Mauricio Macri (Argentina), Jamil Mahuad, (Equador), Jorge Quiroga, (Bolívia) e Miguel Ángel Rodríguez (Costa Rica).