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Covid-19: Irão admite aplicar novas medidas de contenção da pandemia

LUSA
25-03-2020 12:05h

O presidente iraniano, Hassan Rohani, admitiu hoje incrementar novas "restrições" para combater a propagação da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) que podem vir a ser "difíceis" para a população.

A República Islâmica do Irão é um dos países mais afetados pela pandemia, mas não decretou até ao momento medidas de quarentena ou de confinamento das populações. 

Hoje, numa transmissão televisiva, Rohani não foi específico quanto às medidas, mas anunciou que está em curso a aplicação de medidas "difíceis para as populações". 

"Há um grande debate no quadro do Comité Nacional de Combate Contra o Coronavírus que visa o reforço das medidas", disse o presidente.

Rohani considera importante "aumentar as medidas" e que o Ministério da Saúde apresentou um plano que pode vir a ser aprovado ainda hoje. 

O país que celebra nesta altura o Ano Novo Persa exortou a população a manter-se em casa "tanto quanto possível" numa altura em que, devido às festividades, a mobilidade é frequente. 

O chefe de Estado alertou que as novas medidas podem limitar as deslocações e ordenar aos cidadãos o regresso imediato aos locais de origem. 

O ministro da Saúde disse hoje que foi ultrapassada a "primeira vaga da doença" mas que é "esperada uma nova vaga" dentro dos próximos dias. 

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 18.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com mais de 81.200 casos, tendo sido registados 3.281 mortes.

Nas últimas 24 horas a China reportou 47 novos casos, todos com origem no exterior, quando o país começa a retirar as medidas de isolamento impostas em Hubei.

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.696 mortos em 39.673 infeções, o Irão, com 1.934 mortes num total de 24.811 casos, a França, com 1.100 mortes (22.300 casos), e os Estados Unidos, com cerca de 600 mortes (mais de 50.000 casos).

   O continente africano registou 58 mortes devido ao novo coronavírus, aproximando-se dos 2.000 casos em 45 países e territórios, segundo as estatísticas mais recentes.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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