O presidente da Federação Portuguesa de Ténis de Mesa (FPTM), Pedro Moura, disse hoje que o organismo que lidera "está mais descansado" com a decisão do Comité Olímpico Internacional (COI) em adiar os Jogos Olímpicos de Tóquio2020 para 2021.
"Era um desfecho inevitável e do nosso lado ficamos mais descansados e menos pressionados pela necessidade de termos de preparar os atletas para a competição que estava a três meses de distância", explica Pedro Moura, em declarações à agência Lusa.
O presidente da FPTM entende que, embora a decisão do COI e da comissão organizadora tenha demorado algum tempo, o mais importante é que se tenha preservado a saúde dos que vão estar no Japão.
"Tudo o que sejam decisões para defender a vida de atletas, treinadores, delegados e público que vai estar presente nos Jogos são boas decisões. Estou satisfeito com a decisão, partindo do pressuposto de que toda a gente vai conseguir competir em 2021 em igualdade de circunstâncias e que a sua saúde está defendida", realça Pedro Moura.
O presidente da FPTM já falou com os atletas e revela que o sentimento generalizado é de "alívio".
"Os atletas estão aliviados e satisfeitos com este desfecho. Era o que preferiam e até nós, FPTM, sempre o desejámos, embora nunca o tenhamos alimentado pois até indicações contrárias tínhamos de estar preparados para os Jogos Olímpicos em 2020", explica Pedro Moura, que espera agora que seja definido se o quadro de apoios aos atletas apurados se mantém e que seja encontrada uma solução para a vaga que ainda estava em aberto para o torneio individual feminino.
Sobre o período de quarentena que os atletas portugueses continuam a respeitar, Pedro Moura avança que a FPTM está a estudar uma solução que permita aos jogadores voltarem a treinar o mais rapidamente possível.
"Nenhum atleta de ténis de mesa está duas semanas sem ir à mesa, nem mesmo de férias, e eles estão quase de ‘ressaca'", conta o presidente da FPTM, que avança que os atletas podem voltar ao ativo no centro de alto rendimento num regime de internato.
"O nosso objetivo é colocar a equipa a treinar em regime de internato e é nisso que vamos trabalhar a partir de agora", conclui.
Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 foram adiados para 2021, devido à pandemia da covid-19, anunciaram hoje o Comité Olímpico Internacional (COI) e o Comité Organizador dos Jogos, em comunicado.
"Nas presentes circunstâncias e baseado nas informações dadas hoje pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o presidente do COI [Thomas Bach] e o primeiro-ministro do Japão [Shinzo Abe] concluíram que os Jogos da XXXII Olimpíada em Tóquio devem ser remarcados para uma data posterior a 2020 e nunca depois do verão de 2021", lê-se no comunicado.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, há 30 mortes, mais sete do que na véspera, e 2.362 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista mais 302 casos do que na segunda-feira.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.