Os utentes dos centros de saúde do Porto podem rastrear sintomas da covid-19 através de números de telefone destinados aos dois agrupamentos daquelas unidades de saúde da cidade, revelou hoje a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N).
Para “responder à pandemia”, foi criado um gabinete de “médicos de medicina geral e familiar” com autoridade para avaliar os sintomas de covid-19 e autorizar o rastreio, sem necessidade de recurso à linha geral e nacional Saúde 24, explicou fonte oficial da ARS-N.
“Nesta fase”, o atendimento é apenas dirigido aos utentes inscritos nos centros de saúde do Porto Oriental (através do número 220 411 191) e Porto Ocidental (220 411 192), que tenham “febre, tosse ou falta de ar”.
Os utentes foram avisados por mensagens de telemóvel e, de acordo com a ARS-N, será “possível, no futuro, estender a oferta a outros agrupamentos de centros de saúde, [de outros concelhos] se as circunstâncias o justificarem”.
“Não se trata de uma complementaridade à linha Saúde 24. Não encaminha para a Saúde 24. É uma triagem independente”, referiu ainda a ARS-N.
O agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Porto Ocidental abrange, de acordo com a sua página da Internet, as Unidades de Saúde Familiar de Aldoar, Aníbal Cunha, Bom Porto, Carvalhido, Cedofeita, Garcia de Orta, Lordelo do Ouro, Prelada, Ramalde e Serpa Pinto, entre outros.
O ACES do Porto Oriental inclui as unidades de saúde de Campanhã, Paranhos, Azevedo Campanhã, São Roque, Vale Formoso, Covelo, Faria Guimarães, Lindo Vale e Santos Pousada, por exemplo.
Em Portugal, há 30 mortes, mais sete do que na véspera, e 2.362 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista mais 302 casos do que na segunda-feira.
Dos infetados, 203 estão internados, 48 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 22 doentes que já recuperaram.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.077 mortos em 63.927 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.
A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com mais de 81.000 casos, tendo sido registados 3.277 mortes.
Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.696 mortos em 39.673 infeções, o Irão, com 1.934 mortes num total de 24.811 casos, a França, com 860 mortes (19.856 casos), e os Estados Unidos, com 499 mortes (41.511 casos).