O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, instou hoje a União Europeia a coordenar esforços contra a pandemia da covid-19 e pediu "a maior mobilização de recursos económicos e materiais da história".
"A Europa está em guerra contra o coronavírus [na origem da doença covid-19] e temos que responder com todas as nossas armas", afirmou em conferência de imprensa, na residência oficial, em Madrid, depois de anunciar o pedido de prolongamento do estado de emergência em Espanha por mais 15 dias, que terá de ser aprovado pelo parlamento.
Para o presidente do Governo espanhol, "não há desculpa para não mobilizar todos os recursos", assinalando que se trata de uma "crise simétrica que caiu sobre o conjunto da União Europeia".
Pedro Sánchez pediu uma resposta europeia contra a pandemia, elogiando as medidas anunciadas pelo Banco Central Europeu (BCE) para defender a dívida dos Estados-Membros.
Uma das medidas anunciadas pelo BCE para fazer face aos efeitos da covid-19 nas economias europeias foi a compra de 120 mil milhões de euros de dívida pública e privada suplementar até ao fim do ano.
"Estamos a pedir à União Europeia o mesmo que estamos a aplicar a nós mesmos: coordenação e a maior mobilização de recursos económicos e materiais da história", sublinhou, defendendo um fundo europeu para as prestações de desemprego e que o Mecanismo de Estabilidade sirva para mutualizar a dívida europeia, emitindo 'títulos coronavírus'.
A Espanha contabiliza 1.720 mortos por covid-19 e 28.572 infetados, dos quais 2.125 recuperaram.
A covid-19, classificada como pandemia pela Organização Mundial de Saúde, já infetou mais de 308 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 13.400 morreram.
A Espanha é agora o terceiro país mais afetado, depois da Itália e da China, onde o novo coronavírus foi detetado em dezembro.