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Covid-19: Criado serviço para responder a necessidades de idosos e doentes em Ourique

LUSA
20-03-2020 12:19h

O município e as juntas de freguesia de Ourique criaram um serviço para responder às necessidades básicas de habitantes com mais de 65 anos ou doenças crónicas e sem suporte familiar, devido à pandemia de Covid-19.

O serviço de apoio foi criado "em função dos riscos existentes com a pandemia da Covid-19 e das orientações das autoridades de saúde para que preferencialmente se fique em casa", explica a Câmara de Ourique, no distrito de Beja, em comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo o município, o serviço "Fique em casa, que nós resolvemos" permite aos cidadãos beneficiários pedirem à câmara ou à junta de freguesia da área de residência para lhes comprar e entregar em casa bens essenciais e medicamentos.

"Num quadro em que o contágio no Alentejo ainda apresenta índices baixos, mas em que tudo deve ser feito para que assim continue", o "objetivo central" do serviço é que as pessoas que têm "maior risco de infeção" de Covid-19 possam ficar em casa, resguardadas, reduzindo as deslocações e a exposição ao risco de contágio, explica o município.

Os beneficiários que necessitem de apoio para compra de bens essenciais e medicamentos devem pedir o serviço através dos números de telefone da câmara ou da junta de freguesia da área de residência à segunda e à quarta-feira, entre as 09:00 e as 15:00, e as entregas serão efetuadas em casa à terça e à sexta-feira.

"Este é um tempo especial, de emergência, em que cada um pode dar um contributo para o bem de todos, ficando em casa, resguardando-se e tendo os procedimentos preventivos recomendados", frisa o município de Ourique, referindo que "continuará atento e atuante perante este desafio comunitário de combate à pandemia de Covid-19" e sublinhando que "é a soma dos contributos individuais que vai permitir resultados comunitários".

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 179 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou na quinta-feira o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira.

O número de mortos no país subiu para quatro, com o anúncio da morte de uma octogenária em Ovar, feito pelo presidente da Câmara local, horas depois de a DGS ter confirmado a existência de três vítimas mortais até às 24:00 de quarta-feira em Portugal.

Dos casos confirmados, 696 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

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