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Covid-19: Comité Paralímpico Internacional trabalha para “garantir” Tóquio2020

19-03-2020 18:36h

O presidente do Comité Paralímpico Internacional (IPC), Andrew Parsons, disse hoje que a entidade a que preside tem trabalhado em conjunto com outras instituições para "poder garantir" os Jogos Paralímpicos Tóquio2020 nas datas previstas.

A pandemia de Covid-19 ‘ameaça' o evento, previsto para decorrer na capital japonesa de 25 de agosto a 06 de setembro, naquele que é, para a humanidade, um "desafio único em tempos sem precedentes, incertos, que fazem deste momento algo muito maior que o desporto".

"Temos de estar unidos e tomar todas as medidas que possamos para preservar a saúde e, o mais importante, a vida", acrescentou o brasileiro.

Num comunicado assinado por Parsons, a "prioridade" estabelecida pelo IPC é "a saúde e bem estar dos atletas paralímpicos", razão pela qual têm sido cancelados vários eventos desportivos marcados para as próximas semanas.

Quanto a Tóquio2020, continuam "a trabalhar muito para fazer destes os Paralímpicos mais emocionantes da história".

"Está quase tudo em marcha para uns Jogos realmente espetaculares, de bater recordes. A 159 dias de distância, os preparativos continuam a bom ritmo e estamos a fazer todos os possíveis para garantir que os Jogos se inaugurem, como previsto, em 25 de agosto", apontou.

Aquele organismo segue em contacto com a Organização Mundial de Saúde, o Comité Olímpico Internacional e o Comité Organizador de Tóquio2020, além de outros especialistas em saúde pública, para avaliar "se será necessário tomar medidas mais drásticas ou não", não sendo este, já, o tempo para isso.

A missiva de Parsons termina com uma palavra para os atletas que não têm conseguido treinar devido às medidas de contenção em vigor em muitos países, mas pediu que continuem "focados em Tóquio2020".

O novo coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram. Das pessoas infetadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro de 2019, e espalhou-se por mais de 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, o que levou vários países a adotarem medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Em Portugal, que se encontra em estado de emergência desde as 00:00 de hoje, a Direção-Geral da Saúde elevou o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três.

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