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Covid-19: Mais de 200 caravanas e autocaravanas disponibilizadas para profissionais de saúde

LUSA
18-03-2020 18:58h

Mais de duas centenas de caravanas e autocaravanas foram disponibilizadas pelos donos para a pernoita de pessoal ao serviço em hospitais em Portugal a combater a pandemia de Covid-19.

O movimento ‘ISTAR contra o Covid-19’ foi lançado no Facebook pelo caravanista Pedro Castro, depois de um amigo o informar das dificuldades de alojamento das equipas hospitalares.

“Inicialmente, hesitei, mas enviei um ‘e-mail’ ao Centro Hospitalar de Gaia e o presidente do Conselho Diretivo prontamente respondeu e agradeceu a ajuda”, conta Pedro Castro à agência Lusa, que gere o grupo “ISTAS” no Facebook, onde estão inscritos 16 mil caravanistas e autocaravanistas.

A partir dessa rede social lançou um apelo na terça-feira, para quem quisesse também ceder caravanas e autocaravanas, e recebeu elevada adesão.

“O pessoal aderiu e fizemos contactos com as autoridades regionais de saúde (ARS) Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e Alentejo. Temos como parceiros várias empresas do setor, como a Parracho, Gofree, Campocalmo, Albicampo e Indie Campers, que se juntaram e cederam o seu equipamento”, diz Pedro Castro, entusiasmado com a reação que teve.

“Facilmente atingimos a centena e já hoje ultrapassámos as 200. Foi gratificante ver a resposta. E vai haver mais”, diz o organizador.

Atualmente, o movimento está a articular com as ARS para perceber as necessidades e distribuir as viaturas de alojamento, mas 14 caravanas e autocaravanas vão ser já encaminhadas para o Norte, repartidas pelos hospitais de Gaia, São João, Santo António Pedro Hispano, Guimarães e Penafiel.

“Vão servir para a pernoita de auxiliares, médicos e enfermeiros. Esta é uma medida preventiva e não proativa. Quase de certeza vamos entrar em rutura e muitos dos nossos profissionais de saúde vão ficar impedidos de ir a casa. Isto é uma forma de, mais ou menos, terem um descanso digno”, sublinha Pedro Castro.

Os custos de deslocação são suportados pelos proprietários e empresas, embora tenha sido pedido apoio à Galp, Brisa e Via Verde, para ajudar essa despesa. “Cada portagem classe 2 são 40 euros. Estamos a aguardar uma resposta, porque pelo menos dez autocaravanas vão viajar de Lisboa para o Porto. Mas se não houver apoios, avançam na mesma”.

Segundo o organizador, a única contrapartida pedida aos hospitais foi que as caravanas e autocaravanas fiquem instaladas junto a pontos de luz e água e que sejam “bem usadas, limpas e mantidas com cuidado, e devolvidas desinfetadas”.

Para o coordenador do movimento, a disponibilização dos alojamentos móveis “é o contributo máximo” que os proprietários podem fazer.

“Vamos ficar em casa e contribuir com o que temos. Queremos mostrar que o nosso turismo também ajuda a comunidade e tem uma função cívica. Se pudermos dar um bocadinho do que é nosso para ajudar neste momento difícil, melhor”, sublinha.

Um dos proprietários que está a ceder autocaravanas para médicos, enfermeiros e bombeiros é Rui Ferreira, de Vale de São Cosme, em Vila Nova de Famalicão.

Este mecânico e comerciante de autocaravanas diz querer ajudar o país “nesta situação de emergência”.

“As autocaravanas têm muito valor, mas é uma situação de emergência. Se é preciso habitação para os médicos, enfermeiros ou bombeiros, esta é uma forma de os ajudar a ficar perto do local de trabalho”, diz Rui Ferreira, que está a disponibilizar seis destes veículos preparados para alojamento.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.

Dos casos confirmados, 553 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

O boletim divulgado pela DGS assinala 5.067 casos suspeitos até hoje, dos quais 351 aguardavam resultado laboratorial.

Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.

De acordo com o boletim, há 6.852 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Atualmente, há 24 cadeias de transmissão ativas em Portugal, mais cinco do que na terça-feira.

A Assembleia da República aprovou hoje o decreto de declaração do estado de emergência que lhe foi submetido pelo Presidente da República com o objetivo de combater a pandemia de Covid-19, após a proposta ter recebido pareceres favoráveis do Conselho de Estado e do Governo.

Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas desde segunda-feira e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.

O Governo também anunciou o controlo de fronteiras terrestres com Espanha, passando a existir nove pontos de passagem e exclusivamente destinados para transporte de mercadorias e trabalhadores que tenham de se deslocar por razões profissionais.

O Governo declarou na terça-feira o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

O movimento ‘ISTAR contra o Covid-19’ foi lançado no Facebook pelo caravanista Pedro Castro, depois de um amigo o informar das dificuldades de alojamento das equipas hospitalares.

“Inicialmente, hesitei, mas enviei um ‘e-mail’ ao Centro Hospitalar de Gaia e o presidente do Conselho Diretivo prontamente respondeu e agradeceu a ajuda”, conta Pedro Castro à agência Lusa, que gere o grupo “ISTAS” no Facebook, onde estão inscritos 16 mil caravanistas e autocaravanistas.

A partir dessa rede social lançou um apelo na terça-feira, para quem quisesse também ceder caravanas e autocaravanas, e recebeu elevada adesão.

“O pessoal aderiu e fizemos contactos com as autoridades regionais de saúde (ARS) Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e Alentejo. Temos como parceiros várias empresas do setor, como a Parracho, Gofree, Campocalmo, Albicampo e Indie Campers, que se juntaram e cederam o seu equipamento”, diz Pedro Castro, entusiasmado com a reação que teve.

“Facilmente atingimos a centena e já hoje ultrapassámos as 200. Foi gratificante ver a resposta. E vai haver mais”, diz o organizador.

Atualmente, o movimento está a articular com as ARS para perceber as necessidades e distribuir as viaturas de alojamento, mas 14 caravanas e autocaravanas vão ser já encaminhadas para o Norte, repartidas pelos hospitais de Gaia, São João, Santo António Pedro Hispano, Guimarães e Penafiel.

“Vão servir para a pernoita de auxiliares, médicos e enfermeiros. Esta é uma medida preventiva e não proativa. Quase de certeza vamos entrar em rutura e muitos dos nossos profissionais de saúde vão ficar impedidos de ir a casa. Isto é uma forma de, mais ou menos, terem um descanso digno”, sublinha Pedro Castro.

Os custos de deslocação são suportados pelos proprietários e empresas, embora tenha sido pedido apoio à Galp, Brisa e Via Verde, para ajudar essa despesa. “Cada portagem classe 2 são 40 euros. Estamos a aguardar uma resposta, porque pelo menos dez autocaravanas vão viajar de Lisboa para o Porto. Mas se não houver apoios, avançam na mesma”.

Segundo o organizador, a única contrapartida pedida aos hospitais foi que as caravanas e autocaravanas fiquem instaladas junto a pontos de luz e água e que sejam “bem usadas, limpas e mantidas com cuidado, e devolvidas desinfetadas”.

Para o coordenador do movimento, a disponibilização dos alojamentos móveis “é o contributo máximo” que os proprietários podem fazer.

“Vamos ficar em casa e contribuir com o que temos. Queremos mostrar que o nosso turismo também ajuda a comunidade e tem uma função cívica. Se pudermos dar um bocadinho do que é nosso para ajudar neste momento difícil, melhor”, sublinha.

Um dos proprietários que está a ceder autocaravanas para médicos, enfermeiros e bombeiros é Rui Ferreira, de Vale de São Cosme, em Vila Nova de Famalicão.

Este mecânico e comerciante de autocaravanas diz querer ajudar o país “nesta situação de emergência”.

“As autocaravanas têm muito valor, mas é uma situação de emergência. Se é preciso habitação para os médicos, enfermeiros ou bombeiros, esta é uma forma de os ajudar a ficar perto do local de trabalho”, diz Rui Ferreira, que está a disponibilizar seis destes veículos preparados para alojamento.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.

Dos casos confirmados, 553 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

O boletim divulgado pela DGS assinala 5.067 casos suspeitos até hoje, dos quais 351 aguardavam resultado laboratorial.

Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.

De acordo com o boletim, há 6.852 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Atualmente, há 24 cadeias de transmissão ativas em Portugal, mais cinco do que na terça-feira.

A Assembleia da República aprovou hoje o decreto de declaração do estado de emergência que lhe foi submetido pelo Presidente da República com o objetivo de combater a pandemia de Covid-19, após a proposta ter recebido pareceres favoráveis do Conselho de Estado e do Governo.

Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas desde segunda-feira e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.

O Governo também anunciou o controlo de fronteiras terrestres com Espanha, passando a existir nove pontos de passagem e exclusivamente destinados para transporte de mercadorias e trabalhadores que tenham de se deslocar por razões profissionais.

O Governo declarou na terça-feira o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

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