A Festa da Flor 2020, um dos principais cartazes turísticos da Madeira, prevista entre 30 de abril e 17 de maio, foi adiada para setembro, anunciou hoje o Governo Regional.
Esta é “uma decisão que acontece devido às circunstâncias resultantes da pandemia mundial de Covid-19 e com todo o efeito que tem causado nos mercados emissores e no destino Madeira”, diz uma nota hoje divulgada pela Secretaria do Turismo e Cultura da região.
Citado na nota, o secretário regional do Turismo salientou que “no quadro atual, não existem condições para realizar a Festa da Flor em maio, pelo que o Governo Regional tomou a decisão de a recalendarizar para o último mês de verão”.
O governante sublinhou que “a intenção é procurar que a referida festa possa constituir um momento de relançamento do destino Madeira, tanto no mercado nacional como nos mercados internacionais”.
Eduardo Jesus referiu que este é “um adiamento inevitável, neste momento,”, argumentando que “será salvaguardado tudo o que já foi feito até esta altura relativamente à montagem dessa grande festa”.
Também destacou que o objetivo do Governo Regional é “engrandecer” este cartaz turístico, tornando a “Festa da Flor como uma mensagem de um novo ciclo, de inauguração do restabelecimento das condições para o turismo e, igualmente, para uma grande festa, que se quer de envolvimento de toda a população da Madeira”.
“A próxima edição da Festa da Flor, em setembro, pretende ser um grande evento que possa restabelecer a confiança, o bem-estar e a alegria às pessoas, quer sejam residentes ou visitantes”, vincou o secretário regional do Turismo da Madeira.
A Festa da Flor é um dos principais cartazes turísticos que faz uma “homenagem às flores”, mas que, ao longo do tempo, se tornou num “evento cultural”, com a atuação de grupos folclóricos, a construção de tapetes florais, a animação na cidade com concertos musicais e espetáculos de variedades.
O ponto alto é o cortejo alegórico, uma mostra de cor que faz convergir para o Funchal milhares de residentes e turistas.
Em 2019, a festa decorreu entre os dias 02 e 26 de maio, e soo cortejo contou com a participação de 14 grupos, integrando quase 2.000 participantes.
No ano passado, a secretaria regional fez uma aposta na descentralização e o programa estendeu-se aos concelhos da Ribeira Brava e Calheta (na parte oeste) e a Santa Cruz, o município vizinho a leste do Funchal.
O governo madeirense investiu 600 mil euros, num cartaz que envolveu mais de 5.000 pessoas e teve uma ocupação hoteleira a rondar os 90%, de acordo com os dados da secretaria do turismo regional.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 82.500 recuperaram da doença.
Depois da China, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.
Dos casos confirmados, 553 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
O boletim divulgado pela DGS assinala 5.067 casos suspeitos até quarta-feira, dos quais 351 aguardavam resultado laboratorial.
O primeiro caso positivo de Covid-19 na Madeira foi detetado na noite de segunda-feira (16 de março) numa cidadã holandesa que entrou no território no dia 12 de março e se encontrava hospedada num hotel no Funchal.