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Médio Oriente: Organização palestiniana denuncia morte na prisão de homem detido em Israel desde 2023

LUSA
03-03-2025 14:17h

O Hamas denunciou hoje a morte de mais um palestiniano detido em Israel e denunciou os “crimes sistemáticos” das autoridades israelitas contra os prisioneiros, cuja dimensão é “sem precedentes desde o Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial”.

A Comissão para os Assuntos dos Detidos Palestinianos, num comunicado divulgado no Facebook, que o falecido é Khaled Mahmoud Qasim Abdullah, residente no campo de refugiados da cidade de Jenin (norte), na Cisjordânia, detido na prisão de Megiddo.

A instituição adiantou que o homem estava detido administrativamente desde novembro de 2023, uma fórmula usada principalmente contra palestinianos pelas autoridades israelitas para manter sob custódia sem acusação qualquer pessoa suspeita de crimes de segurança.

O Comité elevou para 61 o número de palestinianos mortos nas prisões israelitas desde os ataques contra o território israelita, a 07 de outubro de 2023, pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e outras fações palestinianas, incluindo pelo menos três na semana passada. 

O número de prisioneiros mortos nas prisões israelitas desde 1967 ascende a cerca de 300.

“O que está a ser feito contra os prisioneiros e os detidos é apenas mais uma acusação na guerra genocida [de Israel], que tem como objetivo levar a cabo mais execuções e assassínios”, disse, antes de avisar que a situação dos prisioneiros em Israel “irá piorar com o passar do tempo’.

O Hamas, por seu lado, condenou a morte de Abdullah numa declaração e advertiu Israel contra “a continuação dos seus crimes hediondos” contra os prisioneiros palestinianos, noticiou o diário palestiniano Filastin.

“A morte do prisioneiro [...] e as torturas e abusos a que foi sujeito durante a sua detenção demonstram a brutalidade da ocupação no tratamento dos nossos prisioneiros, privando-os dos mais elementares direitos humanos, incluindo a continuação da negligência médica que envolve assassínios lentos dentro das prisões”, afirmou.

O grupo islamita apelou, por isso, aos “povos livres” e aos “organismos internacionais de defesa dos direitos humanos” para que “pressionem a ocupação a prestar contas dos seus crimes contra os palestinianos” e para que “defendam os prisioneiros das consequências trágicas a que estão expostos” nas prisões israelitas.

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