O Governo da Guiné Equatorial tomou várias medidas para conter a pandemia do novo coronavírus no país, onde há um caso confirmado, incluindo a suspensão de atividades académicas e desportivas e a proibição do uso de autocarros.
As medidas foram tomadas em 12 de março e constam num comunicado divulgado no domingo pelo Governo equato-guineense no seu portal.
No documento, Malabo anuncia a suspensão de todas as atividades académicas – privadas e públicas – a todos os níveis, assim como das competições desportivas. Também os líderes religiosos foram aconselhados a cumprir uma suspensão temporária das celebrações.
O executivo liderado por Teodoro Obiang Nguema apelou à população para evitar concentrações com mais de 10 pessoas, uma medida que resulta na proibição do uso de autocarros como transporte público.
Por outro lado, o Governo continua a permitir a utilização de bares e restaurantes, “desde que tomem extremo cuidado com as medidas de limpeza e higiene, desinfetando constantemente o chão, móveis e utensílios”, exceto no caso de festas ou reuniões de grandes grupos.
Casamentos, festas, aniversários, batizados, funerais e velórios também são afetados de forma temporária, assim como formas de diversão diurna e noturna – piscinas públicas, discotecas, parques e casinos são alguns dos exemplos enumerados pelo Governo equato-guineense.
O executivo decidiu também manter o funcionamento de “todos os serviços de administração pública e privada do Estado”, sendo que os casos de suspeita por infeção pelo novo coronavírus devem ser comunicados pelas linhas telefónicas +240222273815 e +240222517030.
O Governo ordenou aos responsáveis das companhias aéreas para colaborarem com os serviços de imigração do país e cederem a lista de passageiros que entraram na Guiné Equatorial desde 01 de fevereiro, incluindo membros do executivo e altos funcionários do Estado.
As medidas, iniciadas oficialmente no domingo, deverão prolongar-se por um período mínimo de 30 dias.
No sábado, o ministro da Saúde da Guiné Equatorial anunciou o registo da primeira pessoa infetada no país, uma mulher de 42 anos que regressava de Espanha.
A paciente, uma cidadã da Guiné Equatorial que regressava de uma semana em Madrid, não apresentava sintomas, mas foi colocada em isolamento.
As companhias aéreas internacionais que operam na Guiné Equatorial estão limitadas a um voo por semana e os viajantes oriundos de países com registo de casos de Covid-19, sejam cidadãos nacionais ou estrangeiros, e apresentem ou não sintomas à chegada, terão de ficar em quarentena por 14 dias.
O novo coronavírus já infetou, desde dezembro até hoje, 168.250 pessoas e causou 6.501 mortes, segundo o último balanço divulgado hoje pela agência de notícias France-Presse.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o epicentro da pandemia deslocou-se da China para a Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou no domingo 368 novas mortes nas últimas 24 horas, elevando para mais de 1.800 o número de vítimas mortais no país.
O número de infetados a nível mundial ronda as 170 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 148 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 331 casos confirmados. Do total de infetados, mais de 77 mil recuperaram.