SAÚDE QUE SE VÊ

Médio Oriente: UE inicia envio de missão civil para posto de passagem de Rafah

Lusa
31-01-2025 16:53h

A União Europeia (UE) iniciou hoje o destacamento de efetivos para retomar a sua missão na passagem de Rafah, a EUBAM, uma operação policial relançada com o apoio de Israel, do Egito e da Autoridade Palestiniana.

A EUBAM visa contribuir para a manutenção do cessar-fogo acordado entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas após mais de 15 meses de guerra na Faixa de Gaza e permitir, ao mesmo tempo, a retirada de doentes e feridos daquele enclave palestiniano pela passagem de Rafah, fronteiriça com o Egito.

Numa mensagem publicada nas redes sociais, a Alta Representante da UE para a Política Externa e de Segurança Comun, Kaja Kallas, confirmou o destacamento europeu, para o qual França, Itália e Espanha contribuirão com agentes nacionais.

“A Europa está aqui para ajudar: a missão civil fronteiriça da UE será hoje enviada para o posto de passagem de Rafah, a pedido de palestinianos e israelitas”, declarou a ex-primeira-ministra estónia.

Segundo indicou, a operação “apoiará os funcionários fronteiriços palestinianos e permitirá a transferência de pessoas para fora de Gaza”, incluindo as que necessitem de cuidados médicos.

No início desta semana, Espanha confirmou que iria enviar uma dezena de guardas civis, ao passo que França e Itália disponibilizarão efetivos das respetivas guardas nacionais.

Fontes europeias explicaram que as disposições técnicas para início da operação estão ainda pendentes de confirmação, embora o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, já tenha adiantado que a missão “não será muito numerosa”, mas será um sinal positivo da UE em relação à Autoridade Palestiniana.

A missão ajudará a coordenar e facilitar o trânsito de 300 feridos e doentes, “prestando assistência e proteção a pessoas vulneráveis, num contexto de emergência humanitária”, explicou Tajani.

Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, garantiu que a missão europeia “ajudará a controlar a entrada e saída de pessoas, para normalizar a situação nesta passagem”.

MAIS NOTÍCIAS