Algumas centenas de técnicos superiores de diagnóstico exigiram ontem, em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, a revisão da tabela salarial e a progressão na carreira, em dia de greve com adesão de 85%.
Os trabalhadores, do SNS e da Santa Casa da Misericórdia, reclamaram a assinatura de um protocolo negocial prometido no final de julho, durante uma manifestação organizada por três sindicatos: Sindicato dos Fisioterapeutas Portugueses, Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica e Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, Luis Dupont, afirmou que estão em causa cerca de 40 instituições onde trabalham estes profissionais.
O sindicato que dirige estimou em cerca de 600 os manifestantes que hoje se deslocaram de vários pintos do país até ao Ministério.
A PSP não facultou números a este respeito.
Na rua, os trabalhadores exibiram cartazes e faixas a pedir justiça à ministra da saúde.
"Produzimos milhões...ganhamos tostões", gritaram, enquanto se preparavam para entregar uma moção no Ministério da Saúde, exigindo a regularização imediata da carreira.
Os técnicos consideram que estão numa situação de injustiça face a outros profissionais da saúde.
O Bloco de Esquerda, através da deputada Mariana Mortágua, e o PCP, com a presença de Bernardino Soares, juntaram-se ao protesto, em apoio à reivindicação dos trabalhadores.
A manifestação teve início pelas 14:00.
Depois de entregarem a moção, os trabalhadores manifestaram-se dispostos a continuar a luta.
Segundo os dirigentes que entregaram o documento ao chefe de gabinete da ministra, foi prometida a abertura de um processo negocial 'em breve", mas sem data marcada.
"A culpa foi mais uma vez atribuída ao Ministério das Finanças ", lamentaram os dirigentes quando se dirigiram aos manifestantes para as intervenções finais, por volta das 16:30.