O segundo bloco cirúrgico da nova maternidade da unidade local de saúde (ULS) de Santa Maria, em Lisboa, reabre na segunda-feira, 15 dias após o primeiro ter entrado em funcionamento, voltando a assegurar cesarianas e partos induzidos.
A abertura do primeiro bloco cirúrgico da Maternidade Luís Mendes da Graça ocorreu em 19 de agosto.
Com os novos blocos cirúrgicos em funcionamento, a ULS Santa Maria volta a assegurar as cesarianas e induções de trabalho de parto que durante as obras da nova maternidade iniciadas há cerca de um ano tiveram de ser realizados em outras instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) da região de Lisboa.
Em 05 de agosto começou a funcionar na nova maternidade a Urgência de Ginecologia que está a dar resposta a grávidas até 22 semanas de gestação, um atendimento que nunca deixou de ser feito na instituição durante o ano em que decorreram as obras.
Segundo a ULS Santa Maria, na primeira semana de atividade das novas instalações, aquele serviço de urgência atendeu cerca de 260 utentes, uma média diária de 40 casos diários.
No mês passado entrou em funcionamento uma Unidade de Ecografia Obstétrico-Ginecológica, com um total de seis gabinetes, mais um em comparação com a unidade anterior.
Em entrevista à Lusa no final de julho, o presidente da ULS Santa Maria, Carlos Martins, confirmou o funcionamento pleno dos dois blocos de partos a partir de 01 de setembro.
Carlos Martins adiantou que a nova maternidade deverá estar preparada para realizar 3.000 partos anuais a partir de 2025, prevendo contratar 120 profissionais especialistas entre este e o próximo ano.
O investimento global de seis milhões de euros permitiu remodelar a urgência de Obstetrícia e Ginecologia e construir 12 salas, dois blocos operatórios e uma sala de observações na nova maternidade, num total de cerca de 1.000 metros quadrados de área nova construída.
“Do ponto de vista objetivo, investimos seis milhões de euros em obra, equipamento e mobiliário. Temos programado no nosso plano de ação, em termos de capital humano, um investimento de quatro milhões de euros anuais. E não podemos esquecer que estivemos parados um ano, e não houve receitas – uma média de 2,5 milhões de euros por mês – que são 30 milhões de euros. Portanto, 36 milhões de euros mais quatro são 40 milhões de euros em investimentos socioeconómicos que o Serviço Nacional de Saúde e os contribuintes fizeram”, explicou o presidente da instituição.