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Heliporto do hospital de Gaia deverá estar pronto no último trimestre do ano

Lusa
30-08-2024 10:19h

O heliporto do hospital de Vila Nova de Gaia, que terá uma ligação à urgência e medicina intensiva em 20 segundos, deverá estar pronto no último trimestre do ano, revelou hoje à Lusa fonte desta unidade hospitalar.

Inicialmente, a conclusão do heliporto do Hospital Eduardo Santos Silva, da Unidade Local de Saúde Gaia Espinho (ULSGE), foi apontada para agosto.

Fonte desta unidade revelou que “as condições climatéricas e outros fatores não previsíveis levaram a que a obra não fique concluída no prazo estipulado, mas sem qualquer derrapagem orçamental”, garantiu.

A obra arrancou no final de março.

Orçado em quase 1,5 milhões de euros, este heliporto recebeu parecer favorável da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) em julho do ano passado.

Na quinta-feira, pelas 13:00, a obra foi sobrevoada por um helicóptero militar – Blackhawk - da Força Aérea Portuguesa.

“[Tratou-se] de um voo de reconhecimento visual e dos obstáculos, assim como para verificação das condições operacionais e familiarização das tripulações”, descreveu fonte da ULSGE.

Este heliporto está a ser instalado no topo do edifício de cinco andares, onde está instalada a urgência, bem como as unidades de cuidados intensivos e de neurocríticos, ou seja área dedicada ao tratamento do doente crítico.

O objetivo é permitir acesso vertical rápido através de elevadores.

Em abril foi descrito que, após pousar, o doente não deverá demorará mais de 20 segundos a chegar à Sala de Emergência ou ao Serviço de Medicina Intensiva.

Atualmente, um paciente que tenha de ser helitransportado para o Hospital Santos Silva chega à pista do Quartel da Serra do Pilar, junto à ponte Luís I, tendo, depois, de enfrentar os constrangimentos de trânsito para chegar à unidade hospitalar em ambulância.

O heliporto da ULSGE poderá operar de noite.

A intenção de construir um heliporto neste centro hospitalar foi descrita à agência Lusa em março de 2022, quando o presidente do conselho de administração, Rui Guimarães, apontou que o projeto já estava validado pela ANAC.

“Esperamos muito rapidamente poder ter autorização para o construir”, afirmou Rui Guimarães à margem da inauguração da Unidade da Mulher e da Criança.

O médico considerou que a localização de Gaia, concelho do distrito do Porto, é “estratégica”, porque tem uma área de influência “muito grande” a sul do rio Douro.

Nessa ocasião, Rui Guimarães comentou que, num levantamento feito pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) sobre os hospitais que tinham de construir heliportos ou requalificá-los, o hospital de Gaia foi tido como prioritário.

A ULSGE inclui o centro hospitalar Gaia/Espinho e os Agrupamentos de Centros de Saúde Grande Porto VII (Gaia) e do Grande Porto VIII (Espinho/Gaia).

Este heliporto terá duas rotas de aproximação: uma sudoeste, a sul do Douro, no sentido da Serra da Freita (Arouca), e outra a nordeste, no sentido do Porto.

A área do heliporto ocupará cerca de 1.500 metros quadrados.

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