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Covid-19: Câmara de Braga encerra espaços municipais (ATUALIZADA)

LUSA
10-03-2020 19:12h

Os espaços municipais da autarquia de Braga vão ser encerrados ao público, seguindo as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS) e a implementação do Plano Nacional de Preparação e Resposta à Doença provocada pelo Covid-19, anunciou hoje aquela câmara.

Em comunicado enviado à Lusa, a autarquia de Braga explica ainda que a 53º edição da Agro- Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação, que teria lugar de 25 a 28 de março de 2020, será adiada.

"Apesar de dispor de um plano de contingência que cumpre todas as recomendações da DGS, a InvestBraga fez tudo ao seu alcance para assegurar as condições necessárias à realização do evento, com o objetivo de manter a qualidade do mesmo. Contudo, e perante os últimos desenvolvimentos, não resta outra opção que não a de adiar a AGRO e lamentar o incómodo causado a expositores e visitantes", explica a autarquia.

Além do cancelamento da feira, até ao dia cinco de abril o Museu da Imagem, a Casa dos Crivos, a Torre de Menagem, a Fonte do Ídolo, o Theatro Circo, o gnration, as Termas da Cividade e a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva vão ser encerradas.

No plano desportivo, fica restrito o acesso às piscinas municipais a atletas de competição e quanto às atividades lúdico-pedagógicas da Quinta Pedagógica de Braga estão suspensas por tempo indeterminado.

"Por forma a reduzir o contacto entre cidadãos, o acesso ao interior dos edifícios municipais está restrito a colaboradores da autarquia. O Município de Braga recomenda que se evitem as deslocações ao Balcão Único, privilegiando sempre que possível o contacto telefónico (253 61 60 60), o correio eletrónico (municipe@cm-braga.pt) e as diversas plataformas digitais do município", lê-se ainda no texto.

Esta tarde também a Arquidiocese de Braga anunciou o cancelamento das procissões da Semana Santa assim como alterações ao programa, incluindo a restrição do acesso dos fieis a celebrações litúrgicas.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos, havendo mais de 114 mil infetadas em mais de uma centena de países.

Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.

O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas.

Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 375 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.

Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.

Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do País, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.

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