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Covid-19: Ordem dos Médicos recomenda adiamento de consultas não essenciais

LUSA
09-03-2020 19:33h

A Ordem dos Médicos (OM) recomendou hoje o adiamento de “consultas presenciais não essenciais” para evitar a circulação de pessoas nas unidades de saúde, sugerindo ainda “consultas não presenciais” para “situações específicas.

O bastonário da Ordem dos Médicos e o gabinete de crise da OM para a Covid-19 emitiram hoje um conjunto de novas recomendações no âmbito da epidemia mundial do novo coronavírus, que surgem “em complemento” a outras já publicadas na passada semana.

“Nesta avaliação, e numa primeira fase, deve ser ponderado o adiamento de consultas presenciais não essenciais de modo a proteger os doentes reduzindo a circulação nas instituições de saúde e a permitir a alocação de profissionais a outras atividades mais prementes. Em situações específicas, devem ser ponderadas consultas não presenciais”, lê-se no comunicado da OM.

A OM manifesta ainda a sua “total concordância” com as medidas de contenção anunciadas, centradas na região norte do país, e defende que devem ser aplicadas e estendidas a outras regiões, “caso se justifique”, para “reduzir ou atrasar a disseminação da doença na comunidade”.

Pedem ainda que se acelere a preparação das instituições de saúde para salvaguardar as necessidades de atendimento dos doentes.

“Finalmente, relembrar que na semana passada a Ordem dos Médicos emitiu um conjunto de recomendações importantes, estando algumas delas por cumprir, nomeadamente a aprovação de uma linha de financiamento autónoma para o Covid-19 e que permita que as instituições de saúde atuam com autonomia, podendo contratar em cada momento os recursos humanos e técnicos necessários. Continua também por publicar e divulgar o Plano de Contingência Nacional”, escreve a OM no comunicado.

A ordem manifesta ainda a sua “disponibilidade para colaborar com as autoridades competentes” e a confiança na Direção-Geral de Saúde.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro e desde então foram infetadas mais de 110 mil pessoas, mas a maioria já recuperou. A doença provocou até ao momento cerca de 3.800 mortos.

Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 366 mortos e mais de 7.300 contaminados, estando neste momento cerca de 16 milhões de pessoas em quarentena no Norte do país.

Em Portugal há registo de 30 casos confirmados de infeção, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado no domingo.

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