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Covid-19: Bombeiros de Lousada dizem que número de 'kits' de proteção é ridículo

LUSA
09-03-2020 17:36h

O comandante dos Bombeiros de Lousada diz ser "ridículo" o número de ‘kits’ de proteção individual confiado à corporação, apesar de atuar numa zona com vários casos de contaminação pelo novo coronavírus.

"Foram-nos entregues uns ‘kits’ [e proteção individual] na semana passada, mas numa quantidade ridícula: seis óculos, quatro batas e 10 luvas descartáveis", contou José Carlos Aires, em declarações à Lusa.

Nesta situação, em que Lousada e Felgueiras são dois polos [de infeção], ficamos equipados por baixo", insistiu, referindo que a corporação encomendou mais ‘kits’, há cerca de 15 dias, mas ainda não chegaram.

Desde hoje que as escolas de Lousada e Felgueiras e vários equipamentos municipais estão encerrados, por determinação da Direção Geral de Saúde (DGS), no contexto das medidas para tentar conter o surto de Covid-19, que tem vários casos confirmados na zona de Barrosas, naqueles municípios do distrito do Porto.

Questionado sobre se tem aumentado o número de pedidos da população, o comandante de Lousada respondeu: "A situação está normal, não se nota nem mais, nem menos".

O grande problema neste momento, referiu José Carlos Aires, é saber o tipo de casos para os quais são acionados os meios.

As indicações dadas aos bombeiros é que, na dúvida, "ajam sempre como se fosse um caso suspeito”.

"Como estamos com problemas de equipamento, é uma situação melindrosa, porque temos poucos ‘kits’", anotou.

Portugal regista 30 casos confirmados de infeção, segundo o boletim mais recente da DGS, divulgado no domingo. Todos os infetados, 18 homens e 12 mulheres, estão hospitalizados.

A DGS comunicou também que 447 pessoas estão sob vigilância por contactos com infetados.

Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte.

Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino secundário e universitário no Norte, bem como duas escolas na Amadora e uma em Portimão.

Em Felgueiras e Lousada, foram encerrados ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas, além de todas as escolas. Os residentes naqueles dois concelhos do distrito do Porto foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.

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