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Gulbenkian apoia cuidados oncológicos nos hospitais centrais de Cabo Verde

LUSA
16-04-2024 17:09h

A Fundação Gulbenkian e o Ministério da Saúde de Cabo Verde assinaram hoje um protocolo que visa reforçar os cuidados de saúde em alguns dos hospitais centrais do país africano, afirmou aquela entidade em comunicado.

De acordo com a nota da Fundação Calouste Gulbenkian, o novo protocolo assinado com o Ministério da Saúde cabo-verdiano permitirá "o desenvolvimento do projeto Onco-CV - 'Consolidar, Reforçar e Melhorar a abordagem das doenças oncológicas em Cabo Verde'”.

Este projeto "contribuirá para a criação do Serviço de Oncologia no Hospital Baptista de Sousa, no Mindelo, pretendendo ainda reforçar a capacidade de diagnóstico em anatomia patológica e imagiologia, assim como as condições de tratamento cirúrgico, quimioterapêutico e de cuidados paliativos deste hospital, bem como do Hospital Central da Praia - Dr. Agostinho Neto", adiantou a Fundação.

No início do ano, já no âmbito deste projeto, a Fundação Calouste Gulbenkian doou equipamento clínico especializado no valor aproximado de 90 mil euros a ambos os hospitais, nomeadamente aos serviços de oncologia médica e de anatomia patológica dos hospitais Dr. Agostinho Neto e Baptista de Sousa e ao serviço de cuidados Paliativos do Hospital Dr. Agostinho Neto, refere-se no comunicado.

Uma câmara isoladora para preparação de citotóxicos, macas hospitalares, uma cama articulada, um carro de emergência, um chuveiro e lava olhos, um sistema de arquivo, um microscópio de dupla observação, uma mesa macroscópica, entre outros dispositivos e materiais essenciais para o diagnóstico e tratamento das doenças oncológicas, incluem-se entre os bens doados.

Mas, além dos equipamentos e consumíveis doados, o projeto Onco-CV prevê apoiar a formação especializada de profissionais de saúde de Cabo Verde em Portugal e de formação 'on-the-job', contando, para o efeito, com o apoio técnico dos Institutos Portugueses de Oncologia de Lisboa e do Porto.

O Onco-CV surge como uma consequência da colaboração, iniciada em 2016 entre a Fundação Calouste Gulbenkian e o Ministério da Saúde de Cabo Verde, com o desenvolvimento do rastreio de base populacional do cancro do colo do útero, através da formação de recursos e compra de equipamento, e consolidada em 2018, com o projeto “Melhoria do diagnóstico e tratamento de doenças oncológicas em Cabo Verde”.

Este último projeto, recorda a Gulbenkian, permitiu a pós-graduação de 23 profissionais de saúde em domínios oncológicos, a realização de 12 estágios de formação especializada de profissionais de saúde de Cabo Verde em Portugal e a formação de mais de 40 profissionais localmente, "melhorando assim a capacidade de diagnóstico e tratamento das doenças oncológicas no país".

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