O Centro Hospitalar de São João, no Porto, anunciou hoje a instalação de um hospital de campanha “para responder em exclusividade ao Covid-19”, doença causada pelo novo coronavírus, sem adiantar quando entrará em funcionamento e a capacidade do mesmo.
A decisão de avançar com um hospital de campanha, que será instalado “durante a noite de hoje”, foi tomada pelo Hospital de São João, uma vez que faz parte do plano de contingência da unidade hospitalar, disse à Lusa fonte oficial da instituição, indicando que “tem a ver com a evolução” do surto epidémico pelo novo coronavírus.
A infraestrutura será montada no perímetro do Hospital de São João, desconhecendo-se ainda se será numa tenda ou em contentores, assim como o local concreto, a capacidade e até quando poderá entrar em funcionamento.
A mesma fonte sublinhou que o hospital de campanha é “para responder em exclusividade ao Covid-19”.
Na sexta-feira, a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) informou que vai ceder um hospital de campanha ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, a pedido da unidade, para o caso de ser necessário isolar doentes infetados pelo novo coronavírus de outros doentes.
O presidente da CVP, Francisco George, disse hoje à Lusa que a CVP acedeu a um pedido feito pela administração do Hospital de Santa Maria, para "fins de isolamento, no caso de ser necessário", de doentes infetados pelo novo coronavírus, que causa a doença Covid-19.
Segundo Francisco George, a requisição de um hospital de campanha foi efetuada pela administração do Santa Maria a "título preventivo" e "é absolutamente normal", para "evitar contactos próximos" entre doentes ou suspeitos com a Covid-19 e doentes que "estão no hospital por outras razões".
O surto de Covid-19, detetado em dezembro na China, já provocou mais de 3.500 mortos entre mais de 101 mil pessoas infetadas em pelo menos 94 países.
De acordo com os últimos dados oficiais da Direção-Geral da Saúde, Portugal tem 13 casos confirmados de Covid-19, a doença provocada pelo coronavírus.
Com base no número mundial de infetados, a taxa de letalidade é de 3,4%, sendo que até ao momento a maioria já recuperou.