O responsável do Pólo de Valongo do Centro Hospitalar de São João (CHSJ) revelou hoje que a perspetiva do novo hospital de dia oncológico é “fazer 12 a 15 tratamentos” diários, aliviando a unidade do Porto.
“A perspetiva é fazer 12 a 15 tratamentos por dia de oncologia, aliviando o Hospital de São João [HSJ, no Porto], permitindo melhores condições doentes de lá e mais agendamentos”, disse à Lusa Carlos Dias, da unidade de Valongo do CHSJ, numa visita ao hospital de dia oncológico, que entrou em funcionamento no início do mês
Para o responsável, as vantagens do novo hospital de dia são a proximidade dos utentes de concelhos como Gondomar ou Paredes e a comodidade do novo “espaço, grande” e “todo reformulado”.
“É um espaço muito bom, com cadeirões muito bons”, destacou.
Miguel Barbosa, diretor do serviço de Oncologia do CHSJ esclareceu que, na atual fase inicial, os tratamentos no hospital de dia oncológico do polo de Valongo vão ser feitos “uma vez por semana”, sendo intenção “aumentar a periodicidade”.
Por agora, acrescentou, os utentes tratados no polo de Valongo estão a receber “terapêutica biológica e terapêutica imunomodeladora”.
“Atualmente, a quimioterapia é apenas uma das componentes do tratamento do cancro. Nesta primeira fase [do hospital de dia de Valongo], se o tratamento tiver de ser complementado com quimioterapia, ela tem de ser feita no polo do Porto. De futuro queremos fazer aqui”, observou.
O diretor do serviço de Oncologia referiu ainda que “o hospital de dia do HSJ estava sobrecarregado” e “o desafio foi encontrar um novo espaço para aumentar a capacidade de oferta”.
“Temos vários doentes que residem nesta zona e abrimos este espaço, reproduzindo qualidade assistencial do polo do Porto”, descreveu.
Miguel Barbosa observou que, para os doentes dos concelhos de Valongo, Penafiel ou Amarante, o polo de Valongo corresponde a uma poupança “em termos de tempo de viagem”.
O polo de Valongo do CHSJ tem ainda, desde outubro, valências na área de Oftalmologia, tendo realizado 1.700 cirurgias e cerca de cinco mil consultas, de acordo com Carlos Dias.
“Isto permitiu que a lista de espera do CHSJ, que era de dois anos, neste momento esteja reduzida a três meses”, destacou.
Para junho, está prevista a entrada em funcionamento do Centro de Diálise que “vai permitir tratar 28 doentes em simultâneo”.