SAÚDE QUE SE VÊ

Precariedade dos centros de saúde e falta de médicos preocupam Câmara de Loures

LUSA
11-06-2019 10:23h

A precariedade dos equipamentos de saúde e a falta de recursos humanos são os principais problemas que persistem na área da Saúde no concelho de Loures, disse sexta-feira à agência Lusa o presidente do município, Bernardino Soares (CDU).

Estas conclusões foram transmitidas durante a tarde pelo autarca na sequência de vários encontros e reuniões com utentes e responsáveis das unidades de saúde do município, pertencente ao distrito de Lisboa.

"Decidimos realizar esta iniciativa porque queríamos estar mais próximos da população e conhecer os principais problemas na área da saúde", justificou o autarca.

A "precariedade" com que funcionam algumas das instalações de saúde no concelho, nomeadamente nas localidades de Unhos e de Santo Antão do Tojal, é um dos principais problemas detetados pela autarquia.

"Estamos a falar de equipamentos que funcionam em edifícios com um enorme grau de precariedade e que não são vocacionados para o efeito, dificultando o acesso à população mais idosa ou com incapacidade", apontou.

Face a este cenário, Bernardino Soares referiu que o município já avançou junto da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) com uma proposta de acordo programa para a construção de novas unidades de saúde no Catujal e em Santo Antão do Tojal.

O autarca comunista perspetivou que, no início do próximo ano, haja condições para que os respetivos projetos de construção estejam elaborados.

Outro problema que preocupa os utentes e a autarquia é a falta de recursos humanos, nomeadamente de médicos e enfermeiros, nos centros de saúde e no hospital Beatriz Ângelo que, segundo Bernardino Soares, condicionam a prestação dos cuidados de saúde e originam a que cerca de 54 mil pessoas não tenham médico de família.

A terceira conclusão apontada pela Câmara de Loures é a necessidade de continuar a ser "reforçada a rede de parceiros na área da saúde".

"Estes problemas podem e devem ser resolvidos. Preocupam-nos não só porque põem em causa o serviço prestado aos utentes como também pela intenção de nos atribuir a competência nesta área, sem sabermos se o respetivo envelope financeiro nos será entregue", atestou.

MAIS NOTÍCIAS