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Covid-19: EUA apelam a países que invistam na prevenção de novas pandemias

LUSA
12-05-2022 14:03h

O Governo norte-americano vai apelar a todos os países que ajudem a financiar o programa do Banco Mundial destinado a prevenir futuras pandemias durante a segunda cimeira global sobre o novo coronavírus, que se realiza hoje nos Estados Unidos.

"Durante a cimeira será lançado um apelo aos países que invistam em novos fundos de preparação do Banco Mundial para uma pandemia global e para a segurança na saúde", explicou um alto funcionário do Governo dos Estados Unidos aos jornalistas.

A mesma fonte alegou que esta cimeira não deve ser apenas para discussões, mas para acordar “compromissos significativos” relativos à expansão das vacinações e tratamentos, assim como prevenir novas variantes do SARS-CoV-2 e futuras pandemias de outras doenças.

"Fizemos grandes progressos desde a última cimeira – realizada em setembro de 2021 -, mas a pandemia não acabou e temos que continuar a responder e a preparar-nos", explicou o alto responsável norte-americano.

O combate à doença covid-19 e a preparação para futuras ameaças à saúde é o mote desta cimeira global, realizada hoje em formato virtual, que é copresidida, entre outros países, pelos Estados Unidos e pela Alemanha.

A par de Washington e de Berlim, que atualmente preside ao G7, o encontro é igualmente organizado pela Indonésia (presidência do G20), Senegal (presidência da União Africana) e pelo Belize (que lidera o Caricom – Comunidade de países das Caraíbas).

Os dois principais objetivos desta segunda cimeira são coordenar os esforços de combate à covid-19 e conceber mecanismos de prevenção de futuras pandemias.

O Governo dos Estados Unidos comprometeu-se a doar 1,2 mil milhões de doses de vacinas contra a covid-19, das quais já enviou 530 milhões para 115 países, de longe o maior número de vacinas doadas no mundo.

Nesse sentido, o responsável norte-americano lembrou que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu ao Congresso dos EUA mais 22,5 mil milhões de dólares (21,5 mil milhões de euros) para lidar com a pandemia, que inclui a compra e doação de vacinas para outros países.

"O vírus não está espera do Congresso. Precisamos de uma ação urgente e não de palavras vazias", disse o alto funcionário norte-americano.

Mais de um milhão de pessoas morreram devido à covid-19 nos Estados Unidos, país que ocupa o primeiro lugar em relação aos óbitos causados pela doença, anunciou hoje a Presidência norte-americana.

Os Estados Unidos também registaram mais de 82 milhões de casos do SARS-CoV-2, numa população de mais de 330 milhões de pessoas. O primeiro caso confirmado foi relatado em 20 de janeiro de 2020, nomeadamente de um homem que viajou de Wuhan, na China, para a sua casa em Seattle.

A covid-19 causou mais de 6,2 milhões de mortos e mais de 519 milhões de infeções em todo o mundo, de acordo com dados de hoje da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

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