A presidente da Casa de Portugal em Macau disse hoje à Lusa que o fecho das escolas preocupa a comunidade portuguesa no território, uma das medidas de prevenção para reduzir o risco de contágio pelo coronavírus Covid-19.
“De uma maneira geral, acho que as pessoas têm estado extremamente calmas, preocupadas, atentas, mas sem entrar em grandes histerismos”, frisou Amélia António.
Contudo, ressalvou, uma das grandes preocupações dos pais resulta do encerramento does estabelecimentos escolares, “sobretudo por não se perceber qual vai ser a extensão da paragem e não se perceber ainda o problema dos exames”, tanto aqueles que dizem respeito à passagem de ano, como de acesso ao ensino superior, precisou Amélia António, que vive em Macau desde 1982 e foi a primeira mulher a exercer advocacia no território.
“Esses anos de exame são os mais problemáticos. Preocupa os pais”, afirmou a advogada, que preside desde 2005 à Casa de Portugal em Macau, criada em 2001 e que conta com mais de um milhar de associados.
Macau registou dez casos de infeção com o coronavírus Covid-19, mas seis pessoas receberam já alta hospitalar.
As autoridades enviaram alunos e funcionários públicos para casa e chegaram a determinar o encerramento dos casinos durante 15 dias, que voltaram a abrir portas na quinta-feira.
O coronavírus Covid-19 provocou 2.236 mortos na China continental e mais de 75 mil infetados em todo o mundo, depois de ter sido detetado na província chinesa de Hubei, no final de 2019.
Além dos mortos na China continental, morreram três pessoas no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, duas no Irão, uma nas Filipinas, uma em França, uma em Taiwan e uma na Coreia do Sul.