O PSD perguntou ao Ministério da Saúde quais as medidas que tomou para apurar eventuais responsabilidades no caso da morte de um homem na urgência do Hospital de Lamego, na segunda-feira.
Na pergunta, que foi hoje divulgada, o grupo parlamentar alude às notícias dos últimos dias sobre um utente que “faleceu após uma espera de seis horas no Serviço de Urgência do Hospital de Lamego”, depois de lhe ter sido atribuída pulseira amarela.
“Vale a este respeito ter presente os alertas não há muito tempo efetuados pelo bastonário da Ordem dos Médicos”, que considerou haver “tempos de espera para doentes amarelos que são muito elevados”, o que “pode ser potencialmente grave para os doentes”, refere.
Citando o bastonário, o PSD acrescenta que, quando há vários doentes com pulseira amarela “e o tempo de espera chega a duas, quatro ou cinco horas, é importante que seja feita uma triagem clínica”, permitindo distinguir “um doente mais urgente de um menos urgente”.
“Toda esta situação não pode deixar de ser avaliada tendo presente a necessidade, há muito sentida, de adaptar adequadamente a Triagem de Manchester ao perfil dos doentes que acorrem às urgências hospitalares, designadamente no caso daqueles a quem é atribuída uma pulseira amarela”, defende o grupo parlamentar.
No seu entender, os doentes “devem, no mínimo, ser submetidos a uma triagem clínica adicional sempre que se verifiquem atrasos ou uma grande afluência naqueles serviços”.
O PSD quer saber que medidas pretende o Governo tomar “no sentido de garantir que o atraso no atendimento ocorrido no Hospital de Lamego não se volta a repetir”.
O Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro já anunciou que vai averiguar as circunstâncias em que morreu o homem de 65 anos, na segunda-feira, um dia em que “a afluência ao serviço de urgência da unidade de Lamego foi excecionalmente alta, quando comparada com os dias anteriores”.