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Governo segue “com toda a atenção” caso de morte de homem nas urgências em Lamego

LUSA
13-02-2020 14:40h

O Ministério da Saúde garantiu hoje estar a seguir “com toda a atenção” o caso da morte de um homem de 65 anos, na segunda-feira, após uma espera de seis horas para ser atendido no Hospital de Lamego.

“Acompanharemos isso com toda a atenção e estamos em articulação com a direção do hospital”, declarou hoje a ministra da Saúde, Marta Temido.

Falando aos jornalistas portugueses, em Bruxelas, no final de uma reunião extraordinária de ministros da Saúde da União Europeia sobre o surto do Covid-19, a responsável explicou que, no caso da morte após espera nas urgências, “houve já a abertura de um inquérito interno, nesta fase”.

“Depois, o encaminhamento do inquérito dependerá daquilo que, ao nível interno e a curto prazo, possa ser encontrado”, acrescentou Marta Temido.

A governante adiantou que a abertura de uma eventual investigação pelo Ministério Público “dependerá das conclusões preliminares [do inquérito interno] e poderá acontecer”.

O Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) anunciou na quarta-feira que vai averiguar as circunstâncias em que morreu um homem de 65 anos, na segunda-feira, depois de ter esperado seis horas para ser atendido no Hospital de Lamego.

Em comunicado, o CHTMAD explicou que, na segunda-feira, “a afluência ao serviço de urgência da unidade de Lamego foi excecionalmente alta, quando comparada com os dias anteriores”.

O doente “teve um agravamento do estado clínico” e foi “assistido no local e encaminhado para a sala de emergência”, tendo acabado por morrer, acrescentou.

O CHTMAD referiu que nesse dia, entre as 08:00 e as 20:00, foram atendidos 128 doentes, sendo que 116 receberam a pulseira amarela ou a laranja na triagem.

O jornal Correio da Manhã noticiou que o homem, que tinha uma doença pulmonar, “morreu nos braços da mulher depois de ter estado seis horas à espera para ser atendido por um médico na urgência do Hospital de Lamego”, no distrito de Viseu.

“A família está revoltada e acusa a unidade de saúde de negligência médica”, acrescentou a publicação.

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