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Covid-19: Blinken pede à China "transparência" sobre origem do vírus

LUSA
11-06-2021 16:09h

O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, apelou hoje à China “cooperação” e “transparência” sobre a origem da covid-19, enquanto Washington tenta estabelecer se a doença pode ter vindo de um acidente num laboratório chinês.

Em conversa telefónica com o homólogo Yang Jiechi, Blinken sublinhou “a necessidade” de aprofundar a investigação dos especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) na China sobre a origem do novo coronavírus, após as críticas dirigidas à primeira missão, de acordo com um comunicado do Departamento de Estado dos EUA.

No final de maio, o Presidente do Estados Unidos, Joe Biden, convocou os serviços de informações norte-americanos, até então incapazes de decidir entre a tese de uma origem animal e a de uma fuga num laboratório chinês na província de Wuhan, para “redobrar os seus esforços”, explicar a origem da doença covid-19 e fornecer um relatório dentro de 90 dias.

Blinken pediu também a Pequim para “cessar a campanha de pressão contra Taiwan” e “resolver pacificamente” as questões relacionadas com a ilha.

Ao mesmo tempo, referiu a “preocupação” dos Estados Unidos com o “genocídio e os crimes contra a Humanidade em curso”, referindo-se aos muçulmanos Uigur, na província de Xinjiang, e também sobre a “deterioração dos padrões democráticos em Hong Kong”.

Esta é a primeira conversa entre os dois dirigentes desde o encontro extremamente tenso em março em Anchorage, no Alasca, durante o qual as duas grandes potências rivais exibiram as suas diferenças perante as câmaras de todo o mundo, dando a impressão de uma falha impossível de colmatar.

Neste momento, Blinken acompanha Joe Biden no Reino Unido, na cúpula do G7 que reúne as potências aliadas de Washington.

Segundo relatos de norte-americanos e chineses, o tom foi novamente de confronto.

O secretário de Estado norte-americano pediu, novamente, a “libertação imediata” de cidadãos ocidentais vítimas de “detenção arbitrária” na China.

No entanto, os dois diplomatas falaram também sobre questão em que ambos os países, segundo Washington, têm interesses comuns, como a Coreia do Norte e “a necessidade de os EUA e a China trabalharem juntos para desnuclearizar a península coreana”, mas também o Irão, Myanmar (antiga Birmânia) e a crise climática.

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