SAÚDE QUE SE VÊ

Migrações: Nenhum país da UE se ofereceu para hospedar migrantes que chegaram a Itália

LUSA
11-05-2021 16:39h

Nenhum país da União Europeia se ofereceu para acolher os migrantes que chegaram a Itália nos últimos dias, apesar dos pedidos da Comissão Europeia, afirmou hoje em conferência de imprensa o porta-voz comunitário, Adalbert Jahnz.

A Comissão pediu, na segunda-feira, aos Estados-membros para manifestaram solidariedade com a Itália, que nos últimos dias recebeu, em Lampedusa, mais de 20 navios com 2.000 migrantes.

“Tivemos contacto com alguns Estados-membros. Até agora não recebemos nenhuma oferta específica de realocação, mas os contactos continuam, também com as autoridades italianas”, indicou Jahnz.

Da mesma forma, acrescentou, continua o apoio às operações que acontecem em Itália para gerir esses fluxos.

Em particular, segundo a mesma fonte, existem 190 trabalhadores da agência europeia de fronteiras Frontex, procedentes de 26 países e 20 funcionários da Europol, que estão a ajudar na recolha de impressões digitais e nos controlos de segurança.

Na mesma zona, operam também 130 funcionários do Gabinete Europeu de Apoio em matéria de Asilo (EASO) para ajudar os tribunais nos tratamentos de pedidos de asilo.

“Continuamos a pedir aos países que mostrem solidariedade”, disse o porta-voz.

“Sei que é difícil em tempos de pandemia, mas é hora de mostrar solidariedade e ajuda”, vincou a comissária europeia dos Assuntos Internos, Ylva Johansson, em declarações feitas à imprensa na segunda-feira.

Um total de 1.500 migrantes estão amontoados no centro de receção da pequena ilha de Lampedusa, no sul de Itália, com capacidade para 200 pessoas, enquanto outras 200 passaram a noite a céu aberto à espera de serem transferidas.

Mais de 2.000 migrantes chegaram neste fim de semana à ilha, dos quais 200 podem ser transferidos de barco para um centro de receção de Ragusa, na Sicília, enquanto outros 300 foram colocados em quarentena na embarcação de passageiros “Allegra”.

MAIS NOTÍCIAS