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Vírus: Ativista ambiental alerta para perigo de máscaras descartadas nas ruas de Macau

LUSA
05-02-2020 09:05h

Uma ativista ambiental de Macau alertou hoje para ameaça pública que representa descartar nas ruas de máscaras, que o Governo determinou de uso obrigatório nos transportes públicos para evitar a transmissão do novo coronavírus.

“Vi máscaras a serem descartadas irresponsavelmente na rua”, disse à Lusa Annie Lao, um dia depois de o Governo de Macau anunciado o décimo caso de infeção no território.

O Governo de Macau adquiriu ao todo 20 milhões de máscaras, algumas compradas a Portugal, que estão a chegar em vários carregamentos, e a serem distribuídas por farmácias convencionadas, associações e outros espaços definidos pelas autoridades. Cada residente, mediante apresentação da identificação, recebe dez máscaras para igual número de dias.

Mais de 2,9 milhões de máscaras já foram vendidas.

“O Governo está a fazer um bom trabalho no fornecimento de máscaras aos residentes”, frisou.

O problema é agora as autoridades não estarem a garantir que “as pessoas as descartem de forma responsável e segura”, indicou a ativista.

“Caso contrário, essas máscaras usadas representam simplesmente uma ameaça de espalhar germes ou vírus ao público”, criticou.

Na terça-feira, dia em que foi anunciado o décimo caso de infeção em Macau e o fecho dos casinos durante duas semanas, o chefe do Governo de Macau determinou também o encerramento de cinemas, teatros, parques de diversão em recintos fechados, salas de máquinas de diversão e jogos de vídeo, cibercafés, salas de jogos de bilhar e de 'bowling', estabelecimentos de saunas e massagens, salões de beleza, ginásios de musculação, estabelecimentos de ‘health club’ e ‘karaoke’, ‘night clubs’, discotecas, salas de dança e ‘cabaret’”.

A frequência do transporte público foi novamente reduzida e todos os parques públicos foram encerrados, à semelhança do que acontece já com os serviços públicos, escolas e espaços desportivos e culturais.

O número de mortos provocados pelo novo coronavírus (2019-nCoV) subiu hoje para 490, e o total de pessoas infetadas aumentou para 24.324, anunciaram as autoridades de saúde de Pequim.

O novo coronavírus foi detetado em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei (centro do país), colocada, entretanto, sob quarentena.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 países.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

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