As autoridades da Malásia e da Tailândia retiraram hoje dezenas de cidadãos da cidade chinesa de Wuhan, centro do surto do novo coronavírus, atualmente sob quarentena.
Um avião da companhia aérea AirAsia, fretado pelas autoridades da Malásia, aterrou esta madrugada (hora local) no aeroporto de Kuala Lumpur com 133 passageiros e tripulantes, incluindo 107 malaios retirados de Wuhan.
Uma equipa médica realizou análises aos cidadãos malaios retirados de Wuhan, que devem agora passar duas semanas isolados, enquanto aqueles que apresentaram sintomas da doença foram internados em hospitais.
A Tailândia enviou também um avião comercial para Wuhan esta manhã, com 15 médicos a bordo, para retirar 144 tailandeses. A aeronave deve regressar hoje à base militar de U-Tapao, a leste de Banguecoque.
A Tailândia, com 19 casos de infeção pelo novo coronavírus, e a Malásia, onde há oito pacientes, constam entre os 24 países que foram afetados pela doença originária no centro da China.
Pelo menos duas vítimas mortais ocorreram já fora da República Popular da China. No sábado, um residente de Wuhan, de 44 anos, morreu nas Filipinas, e hoje um residente de Hong Kong, de 39 anos, morreu na região administrativa especial chinesa.
Vários países já efetuaram o repatriamento dos seus cidadãos de Wuhan, uma cidade com 11 milhões de habitantes, colocada sob quarentena, em 23 de janeiro, com saídas e entradas interditadas pelas autoridades chinesas por um período indefinido.
No domingo, Portugal retirou 20 cidadãos nacionais de Wuhan, incluindo dois diplomatas e duas mulheres, com dupla nacionalidade brasileira e portuguesa.
A China elevou para 426 mortos e mais de 20.400 infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na semana passada uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.