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Vírus: Situação na Europa está e continuará controlada com as medidas adequadas – CECD

LUSA
03-02-2020 16:52h

A diretora do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças assegurou hoje, em Bruxelas, que a situação do novo coronavírus na Europa está “controlada” e assim continuará desde que os serviços de saúde dos Estados-membros implementem as medidas apropriadas.

Dirigindo-se à comissão de Saúde Pública do Parlamento Europeu, Andrea Ammon apontou que, segundo os dados mais recente, de hoje de manhã, a nível mundial há 17.383 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus, que teve o seu “epicentro” na localidade chinesa de Wuhan, e 362 casos mortais, sendo que a esmagadora maioria dos casos são reportados desde a China e todas as mortes ocorreram na Ásia (361 na China e uma nas Filipinas).

Apontando que na Europa foram registados até ao momento 25 casos – 21 na União Europeia, dois no Reino Unido e outros dois na Rússia -, a responsável do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (CECD) enfatizou que, “destes 21 casos, oito foram contraídos na Europa – sete na Alemanha e um em França – tendo todos os outros sido importados”.

“Portanto, de momento a situação no Europa está realmente sob controlo”, declarou, acrescentando pouco depois que assim permanecerá desde que sejam seguidas todas as orientações e instruções que têm sido dadas, no quadro daquele que é o grande objetivo da União Europeia: “confinar os casos e evitar a sua propagação”.

“A probabilidade de vermos mais casos importados na UE é de «moderada a elevada», mas se os casos forem detetados atempadamente e forem implementadas as medidas de controlo e prevenção apropriadas, designadamente nos estabelecimentos de saúde, a possibilidade de se verificarem mais casos de contágio de humano a humano na UE é estimada de «muito baixa a baixa». Se não forem tomadas medidas e os casos forem detetados numa fase tardia, então claro que o risco de transmissão é considerado «elevado»”, destacou.

A diretora do CECD compareceu hoje perante a comissão parlamentar de Saúde Pública para o tradicional “debate anual”, que este ano coincidiu com o surto do novo coronavírus identificado pela primeira vez na China em dezembro passado, razão pela qual foi este o tema central da discussão, mas Ammon lembrou as “outras ameaças”.

“Esta audição tem um foco especial, mas queria chamar a vossa atenção para o facto de que, apesar de estamos focados no coronavírus, os outros vírus e bactérias que constituem uma ameaça à saúde pública não dormem, e eu quero reassegurar-vos que continuamos a monitorizá-los”, disse.

A China elevou hoje para 362 mortos e mais de 17 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 outros países.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

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