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Vírus: Jogadora de futebol pede ajuda a Governo do Brasil para deixar a China

LUSA
31-01-2020 20:34h

A jogadora de futebol Millene Fernandes apelou às autoridades do Brasil para a ajudar a deixar a cidade chinesa de Wuhan, foco da epidemia de coronavírus, onde diz estar há 12 dias confinada ao seu apartamento.

"Hoje estou muito preocupada, não saio de casa há vários dias. Quero sair da China e espero que o Governo brasileiro possa ajudar-me", disse a jogadora de 25 anos, num vídeo enviado hoje à agência France-Presse pelo seu assessor de imprensa.

A atacante deixou a equipa brasileira do Corinthians no final do ano, assinou um contrato com a equipa Wuhan Xinjiyuan e chegou à China em 16 de janeiro. A atleta contou que não sai do seu apartamento desde o dia 20.

"Quero jogar no futebol chinês, mas o campeonato foi adiado e não sabemos quando ele começará", destacou a atacante no vídeo.

Millene Fernandes contou que já foi autorizada a ingressar numa outra equipa enquanto a situação não melhora na China.

"As pessoas da equipa apoiam-me muito, mas infelizmente há pouco que elas possam fazer", concluiu.

O aeroporto de Wuhan está fechado desde 23 de janeiro e a retirada de estrangeiros é muito complexa, devido ao medo do vírus se espalhar para outros países.

A China elevou para 213 mortos e quase 10 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).

O anterior balanço registava 170 mortos na China e 7.736 pessoas infetadas.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 50 casos de infeção confirmados em 22 outros países - Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Austrália, Finlândia, Emirados Árabes Unidos, Camboja, Filipinas, índia, Suécia e Rússia.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.

Uma emergência de saúde pública internacional supõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

Esta é a sexta vez que a OMS declara uma emergência de saúde pública de âmbito internacional.

Para a declarar, a OMS considerou três critérios: uma situação extraordinária, o risco de rápida expansão para outros países e a exigência de uma resposta internacional coordenada.

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