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Covid-19: Cirurgias retomadas e regresso à normalidade nos hospitais de Aveiro

LUSA
01-03-2021 18:13h

A cirurgia de ambulatório está a funcionar a 100% no Hospital de Águeda e o bloco operatório central, no Hospital de Aveiro, retoma a atividade plena na segunda-feira, revelou hoje à Lusa fonte hospitalar.

Em declarações à Lusa, a presidente do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, Margarida França, revelou que apenas se mantêm, com camas covid-19, duas enfermarias no Hospital de Aveiro e uma no Hospital de Estarreja, quando chegaram a ser oito, pelo que as cirurgias retomam o pleno na segunda-feira e as consultas estão a ser normalizadas.

“A cirurgia de ambulatório em Águeda já está a funcionar a 100% e, na segunda-feira, o bloco operatório central, no Hospital de Aveiro, vai começar a trabalhar a 100 por cento”, disse a responsável pela administração dos hospitais de Aveiro, Águeda e Estarreja.

Segundo Margarida França, “todas as especialidades estão a retomar a sua atividade normal porque já é possível alocar alguns médicos e enfermeiros “Covid” para dar resposta a “praticamente todas as situações”.

O Centro Hospital do Baixo Vouga registou hoje apenas um doente covid-19 em cuidados intensivos e 22 doentes internados em enfermaria, quando a 23 de janeiro chegou a ter 172, e os cuidados intensivos chegaram ao limite, com 10 internados nos dias seguintes.

Entre as medidas tomadas pelo conselho de administração a que preside, que geraram alguma controvérsia, contam-se a deslocação profissionais de saúde dos hospitais de Águeda e Estarreja para reforçar o Hospital de Aveiro e permitir a abertura sucessiva de mais enfermarias, ou a transferência de doentes não-covid de Aveiro para o Hospital de Águeda.

“Fizemos um esforço de colocar o hospital de oncologia em Águeda, até para segurança dos doentes”, justifica Margarida França, que salienta que, apesar dos números da pandemia, as cirurgias urgentes foram asseguradas.

“Nunca deixámos de fazer a cirurgia urgente e algumas prioritárias. Houve uma sala de bloco operatório que conseguimos ativar sempre que foi necessário e nunca parámos totalmente, embora agora tenha de ser feito um esforço de recuperação”, observa.

Segundo a presidente do conselho de administração do CHBV, também as consultas de especialidades já estão a ser normalizadas: “as consultas voltaram à sua normalidade porque para um Centro Hospitalar que teve 170 doentes Covid, neste momento ter 22 não é nada”.

Margarida França salienta que os ensinamentos da primeira vaga permitiram lidar melhor com a pandemia, que é ainda encarada com cautela.

“Temos uma enfermaria que vamos manter como reserva covid-19, para a eventualidade de surgir um novo aumento de casos”, informa.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.531.448 mortos no mundo, resultantes de mais de 114 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.351 pessoas dos 804.956 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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