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Vacinação Covid-19: “Todos nós gostaríamos de ter já mais vacinas. O importante é estarmos todos mobilizados “– defende autarca de Almada

CANAL S+ / VD
13-02-2021 00:06h

A vacinação contra a COVID-19 arrancou, esta sexta-feira, em Almada, para pessoas com mais de 80 anos e com mais de 50 com patologias associadas, como revelou ao Canal S+, a presidente da Câmara Municipal, Inês de Medeiros.

A autarca admite que “todos nós gostaríamos de ter já mais vacinas. O importante é estarmos todos mobilizados para que assim que chegarem as vacinas, termos as estruturas necessárias”, sustenta.    

Os primeiros dois centros de vacinação do concelho abriram portas no Complexo Municipal dos Desportos, no Feijó, e no Pavilhão Municipal da Charneca de Caparica, mas para breve está prevista a abertura de um terceiro.

Inês Medeiros revela que todo o “trabalho foi coordenado pela Saúde Pública, através do ACES de Almada-Seixal”.

Para além de ter disponibilizado uma Unidade Móvel de Saúde, a Câmara de Almada criou um serviço de transporte gratuito para facilitar as deslocações dos munícipes, mais carenciados ou sem apoios familiares, de casa até aos centros de vacinação, recorrendo a acordos com empresas de táxis.

A presidente da Câmara Municipal de Almada afirma que “As nossas populações estão a sofrer muito, há uma angústia do futuro e um peso psicológico muito grande”. Para Inês de Medeiros “Nestes momentos de crise, temos de manter a cabeça fria”.

Perante a possibilidade de criar um sistema de drive-thru no concelho, como está a ser feito no Porto, a autarca admite todas as possibilidades “desde que a Saúde nos diga que essa é a melhor solução”, sublinha.

Em 2020, já com o cenário da pandemia da COVID-19, Almada optou por manter grande parte dos apoios às associações locais, de solidariedade social e coletividades, bem como a outras iniciativas artísticas e culturais que, na sua maioria, acabaram por não se realizar.

Inês de Medeiros revela que já foram gastos 2 milhões e 800 mil euros, com o intuito de evitar que algumas delas desapareçam. “Esperamos nós que, quando a fase de maior tormenta passar, não olhemos para trás e não vejamos só ruínas, porque o furacão foi grande”, resume a autarca de Almada.

Sobre os sucessivos casos de vacinação indevida, que nas últimas semanas surgiram na Comunicação Social, Inês de Medeiros afirma que “Há muitos casos que surgiram e não foi só em Portugal, foi um pouco por toda a Europa e no Mundo”. A presidente da Câmara de Almada acredita que “Na maioria dos casos foram feitos sem intenção de ludibriar ninguém.” e por isso mostra-se contra “A tendência do pelourinho é muito humana (...) os justicialismos não é uma coisa que me agrade”.

A autarca defende, ainda assim, que se deve “ver, caso a caso, o que se passou”, acrescenta.

 A Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) está no terreno a investigar os mais de 300 casos que vieram a público de alegada vacinação indevida.

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