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Covid-19: Von der Leyen lamenta "profundamente” erro relativo à Irlanda do Norte

LUSA
10-02-2021 10:12h

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse hoje “lamentar profundamente” o erro da instituição aquando do lançamento do mecanismo de controlo de exportação de vacinas, que previa restrições nas entregas à Irlanda do Norte.

“Quanto ao mecanismo de exportação, gostaria de falar na Irlanda do Norte. Foram adotados erros aquando da tomada de decisão e lamento profundamente, mas conseguimos corrigir”, declarou a líder do executivo comunitário na sessão plenária do Parlamento Europeu, em Bruxelas.

Numa comunicação sobre a estratégia da UE de vacinação contra a covid-19 após várias polémicas com as farmacêuticas, Ursula von der Leyen abordou o erro inicial previsto no mecanismo de autorização de exportação de vacinas e assegurou que fará “todos os esforços para manter a paz” na Irlanda do Norte.

As críticas a Von der Leyen têm subido de tom nas últimas semanas, face ao lento processo de vacinação contra a covid-19 na UE e ao incumprimento, pelas farmacêuticas, dos contratos assinados com Bruxelas, e agravaram-se depois do grave “lapso” por ocasião do lançamento do mecanismo de controlo de exportação de vacinas relativo à Irlanda do Norte.

Ao fazê-lo, a Comissão desencadeou uma cláusula que revogava o protocolo previsto no acordo do ‘Brexit’ destinado a evitar o regresso de uma fronteira e controlos aduaneiros entre a Irlanda, um membro da UE, e a província britânica da Irlanda do Norte, suscitando a indignação de Londres, Dublin e Belfast, mas também de muitos responsáveis comunitários.

O erro foi imediatamente corrigido, mas, desde então, Von der Leyen ainda não o tinha explicado publicamente, limitando-se apenas a dar entrevistas a órgãos de comunicação por si escolhidos.

O debate de hoje no Parlamento Europeu decorre numa altura de tensão entre Bruxelas e as farmacêuticas, que não deverão entregar as doses acordadas com a Comissão Europeia para estes primeiros meses de 2021 por não terem capacidade de produção suficiente para os 27 Estados-membros, o que já levou a atrasos na distribuição.

Por isso, a Comissão Europeia estabeleceu, no final de janeiro, um mecanismo de autorização de exportação de vacinas para a covid-19, com o objetivo de garantir a transparência do processo e as doses suficiente para os cidadãos da UE.

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