SAÚDE QUE SE VÊ

Espinho diz que anunciar obras para hospital é “demagogia” quando atuais se “arrastam”

LUSA
30-01-2020 17:57h

O presidente da Câmara de Espinho acusou hoje o Governo de demagogia ao anunciar pela segunda vez obras já antes marcadas para o hospital que serve esse concelho e Vila Nova de Gaia, quando as atuais estão atrasadas.

A crítica de Joaquim Pinto Moreira refere-se à comunicação pelo Ministério da Saúde, feita na terça-feira, de que o concurso público para a Face C da requalificação do Centro Hospital de Vila Nova de Gaia e Espinho será lançado no segundo semestre de 2020, envolvendo uma intervenção na ordem dos 60 milhões de euros.

Pinto Moreira atribui essa calendarização a motivos eleitorais, em primeiro lugar porque, na prática, a referida Fase C dos trabalhos "não arrancará antes do final de 2023" e, em segundo, porque o Ministério está a comunicar "uma obra que já tinha sido prometida e anunciada pelo Governo anterior" e o faz "sem ter ainda concluído a Fase B, que se arrasta sem fim à vista".

O presidente da Câmara Municipal de Espinho diz que essa postura é "inaceitável e da mais chocante demagogia" porque "o que existe neste momento da Fase B é um edifício vazio sem equipamentos, sem utilização e sem os serviços de Urgência e Imagiologia que já deviam estar a funcionar há um ano para benefício dos 700 mil utentes a sul do Douro que diariamente acorrem àquela unidade hospitalar".

Para Pinto Moreira, o plano integrado de reabilitação Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Espinho é assim "mais um exemplo de promessas deste e do anterior Governo que se arrastam e se calendarizam de acordo com os ciclos eleitorais, num profundo desprezo pelos utentes ".

MAIS NOTÍCIAS