As autoridades de saúde alemãs confirmaram terça-feira mais três casos de contágio pelo novo coronavírus detetado na China, supostamente relacionados com a primeira infeção de um doente de 33 anos na Baviera.
O Ministério da Saúde da Baviera informou que os três novos casos se somam ao contágio confirmado na segunda-feira à noite, o de um doente alemão que foi o primeiro europeu infetado pelo vírus sem ter estado na China.
O homem tem 33 anos e trabalha para um fornecedor de automóveis na Baviera, tendo sido infetado em janeiro por uma colega que foi da China para a Alemanha para fazer uma formação durante alguns dias, adiantaram as autoridades sanitárias.
A funcionária chinesa esteve entre 19 e 22 de janeiro na Alemanha e, ao regressar ao seu país, “sentiu-se mal”, contou o diretor do Serviço de Saúde da Baviera, Andreas Zapf.
A mulher foi, de imediato, diagnosticada como caso positivo de coronavírus e, entretanto, um dos funcionários da empresa da Baviera que havia participado na formação, apresentou também sintomas de gripe, acabando por ser confirmado como caso positivo.
A China elevou para 106 mortos e mais de 4.000 infetados o balanço do novo coronavírus detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).
As autoridades de Pequim confirmaram também a primeira morte na capital chinesa de uma pessoa infetada pelo novo coronavírus (2019-nCoV), um homem de 50 anos que esteve na cidade de Wuhan, em 08 de janeiro.
Um primeiro caso confirmado na Alemanha de contaminação com este vírus foi registado esta segunda-feira, o segundo país afetado da Europa, depois de França.
Além do território continental da China, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Alemanha, Austrália e Canadá.
As autoridades chinesas admitiram que a capacidade de propagação do vírus se reforçou.
As pessoas infetadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado.